São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TRECHOS

Leia a seguir trechos de relatório do banco ABN-Amro que descreve o conteúdo de reunião, realizada anteontem, entre Antonio Palocci Filho, futuro ministro da Fazenda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e representantes de bancos internacionais. O encontro aconteceu na sede do Fed (Federal Reserve, banco central americano) em Nova York.
 
"Ficamos muito bem impressionados com o tom e com o conteúdo de um encontro reservado que tivemos recentemente com o doutor Antonio Palocci, um dia após a sua indicação como o novo ministro da Fazenda. Suas principais teses, que defendeu com grande convicção, foram as seguintes, entre outras:
A obtenção da sustentabilidade fiscal exige um superávit fiscal maior que 3,75% do PIB [Produto Interno Bruto", e é possível que essa meta de superávit seja superada nos próximos meses, embora o governo eleito ainda não esteja pronto para se comprometer com um número específico até que tenha tomado posse. No entanto, a necessidade de que seja mantida a austeridade fiscal não significa que não possa haver aperfeiçoamentos no que diz respeito à arrecadação de impostos e na despesa.
No que diz respeito às reformas estruturais, as prioridades são a simplificação do sistema tributário e a modificação do sistema de aposentadorias do setor público, de modo a torná-lo financeiramente viável, além da garantia de maior autonomia operacional para o Banco Central.
As autoridades [do PT] esperam manter vários dos principais técnicos de alto nível que tenham feito um bom trabalho (por exemplo, no Banco Central, na Secretaria do Tesouro e no Ministério da Fazenda), em parte devido à falta de quadros do PT com experiência técnica relevante.


Texto Anterior: A banqueiros, Palocci afirma que aumentará aperto fiscal
Próximo Texto: PSDB pede a escolhido elogio à equipe de FHC
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.