|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Votação foi marcada por tensão entre senadores
Depois de derrota, democratas
gravam cenas para propaganda
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A sessão do Senado que derrotou o governo Lula na votação da CPMF foi marcada por
momentos de tensão e de uma
última tentativa de negociação
que se mostrou fracassada. O
auge da tensão ocorreu quando
o senador Pedro Simon
(PMDB-RS) subiu a tribuna para pedir o adiamento da votação para hoje.
Ele queria tempo para os senadores analisarem a última
proposta apresentada pelo Palácio do Planalto. O gaúcho, porém, acabou virando alvo de
ataque do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).
"Faço apelo dramático, com a
autoridade que tenho. Na hora
mais dura, mais cruel, o que é
bom para Rio Grande de Sul.
Como irmão mais velho é o
apelo que eu faço", disse Simon,
pedindo o adiamento.
Foi logo atacado pelo tucano.
"Sua excelência se acha acima
do bem e do mal. Agora eu fiquei feliz. Vote a favor da
CPMF. Tem gente decente.
Não fique dando justificativa.
Vote dizendo que isso é bom.
Não arranje desculpas para
vossa excelência", disse o senador do PSDB.
O peemedebista reagiu: "Eu
não fui citado. Eu fui agredido e
quero direito de resposta", disse Pedro Simon, acrescentando
"eu te conheci de calça curta".
Mais tarde, com a intervenção de colegas, Arthur Virgílio
acabou pedindo desculpas a Simon, a quem fez questão de
procurar para cumprimentar.
Comemoração ocorreu somente por parte dos Democratas, que depois de anunciada a
derrubada da CPMF se postaram ao final do plenário para
fazer gravações sob o comando
de Paula Lavigne, que acompanhou a sessão.
Já os tucanos fizeram uma
comemoração mais discreta,
revelando a divisão da bancada.
A maioria queria votar a favor,
mas foi vencida pelo líder Arthur Virgílio que se manteve irredutível.
Texto Anterior: Oposição derrota governo e Senado derruba a CPMF Próximo Texto: Tucanos fecham acordo na madrugada, mas recuam Índice
|