São Paulo, quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

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Votação foi marcada por tensão entre senadores

Depois de derrota, democratas gravam cenas para propaganda

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A sessão do Senado que derrotou o governo Lula na votação da CPMF foi marcada por momentos de tensão e de uma última tentativa de negociação que se mostrou fracassada. O auge da tensão ocorreu quando o senador Pedro Simon (PMDB-RS) subiu a tribuna para pedir o adiamento da votação para hoje.
Ele queria tempo para os senadores analisarem a última proposta apresentada pelo Palácio do Planalto. O gaúcho, porém, acabou virando alvo de ataque do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).
"Faço apelo dramático, com a autoridade que tenho. Na hora mais dura, mais cruel, o que é bom para Rio Grande de Sul. Como irmão mais velho é o apelo que eu faço", disse Simon, pedindo o adiamento.
Foi logo atacado pelo tucano. "Sua excelência se acha acima do bem e do mal. Agora eu fiquei feliz. Vote a favor da CPMF. Tem gente decente. Não fique dando justificativa. Vote dizendo que isso é bom. Não arranje desculpas para vossa excelência", disse o senador do PSDB.
O peemedebista reagiu: "Eu não fui citado. Eu fui agredido e quero direito de resposta", disse Pedro Simon, acrescentando "eu te conheci de calça curta".
Mais tarde, com a intervenção de colegas, Arthur Virgílio acabou pedindo desculpas a Simon, a quem fez questão de procurar para cumprimentar.
Comemoração ocorreu somente por parte dos Democratas, que depois de anunciada a derrubada da CPMF se postaram ao final do plenário para fazer gravações sob o comando de Paula Lavigne, que acompanhou a sessão.
Já os tucanos fizeram uma comemoração mais discreta, revelando a divisão da bancada. A maioria queria votar a favor, mas foi vencida pelo líder Arthur Virgílio que se manteve irredutível.


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