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"Somos direita, e não nazistas", diz fundador
DA REPORTAGEM LOCAL
"Somos de direita. Muita
gente não se diz de direita
porque existe no Brasil uma
campanha malévola para dizer que quem é de direita é
nazista, embora nazismo e o
comunismo sejam verso e reverso da mesma medalha."
Assim d. Bertrand de Orleans e Bragança, da Associação dos Fundadores, define a
posição política dos que se
consideram os verdadeiros
seguidores dos princípios de
Plinio Corrêa de Oliveira,
idealizador da TFP.
Segundo ele, o objetivo
histórico da TFP sempre foi
o de lutar contra "toda corrosão que exista do direito de
propriedade", como, agora,
"as questões quilombola, indígena e ambiental" -além,
claro, dos sem-terra. Para
d. Bertrand, as diversas leis
que defendem esses grupos
ameaçam "engessar" 71%
das terras do país.
Os índios, por exemplo,
defende o trineto de d. Pedro
2º, deveriam ser "integrados
à civilização". Como argumento contra "reservas" de
terras para indígenas e quilombolas, d. Bertrand afirma
que se trata de uma política
segregacionista, que ignora
que distinções desse tipo não
são mais possíveis.
"Todos os brasileiros têm
um pouco de sangue índio,
branco e negro", disse ele à
Folha, na antiga sede da TFP
em Higienópolis, região central de São Paulo.
Porte de aristocrata europeu, pele branca, a pergunta
era inevitável. D. Bertrand
também é mestiço? "Meu irmão fez uma pesquisa e descobriu que também temos
um ancestral negro." É mesmo? Quem? "Ludovico, o
Mouro, que viveu em Portugal, ainda no século 16", ele
responde.
(RC)
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