São Paulo, sábado, 13 de dezembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Somos direita, e não nazistas", diz fundador

DA REPORTAGEM LOCAL

"Somos de direita. Muita gente não se diz de direita porque existe no Brasil uma campanha malévola para dizer que quem é de direita é nazista, embora nazismo e o comunismo sejam verso e reverso da mesma medalha."
Assim d. Bertrand de Orleans e Bragança, da Associação dos Fundadores, define a posição política dos que se consideram os verdadeiros seguidores dos princípios de Plinio Corrêa de Oliveira, idealizador da TFP.
Segundo ele, o objetivo histórico da TFP sempre foi o de lutar contra "toda corrosão que exista do direito de propriedade", como, agora, "as questões quilombola, indígena e ambiental" -além, claro, dos sem-terra. Para d. Bertrand, as diversas leis que defendem esses grupos ameaçam "engessar" 71% das terras do país.
Os índios, por exemplo, defende o trineto de d. Pedro 2º, deveriam ser "integrados à civilização". Como argumento contra "reservas" de terras para indígenas e quilombolas, d. Bertrand afirma que se trata de uma política segregacionista, que ignora que distinções desse tipo não são mais possíveis.
"Todos os brasileiros têm um pouco de sangue índio, branco e negro", disse ele à Folha, na antiga sede da TFP em Higienópolis, região central de São Paulo.
Porte de aristocrata europeu, pele branca, a pergunta era inevitável. D. Bertrand também é mestiço? "Meu irmão fez uma pesquisa e descobriu que também temos um ancestral negro." É mesmo? Quem? "Ludovico, o Mouro, que viveu em Portugal, ainda no século 16", ele responde. (RC)


Texto Anterior: Sem nome, TFP tenta manter ação política
Próximo Texto: Procuradoria no Pará ajuíza 107 ações por desmatamento
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.