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SÃO PAULO
Prefeito quer mais empréstimo
Pitta tenta
mudar pacote
pela 2ª vez
da Sucursal de Brasília
O prefeito de São Paulo, Celso
Pitta (PPB), pediu ontem que o
Ministério da Fazenda modifique
medida do pacote fiscal editado
em novembro para permitir que a
prefeitura tome emprestado no exterior R$ 260 milhões.
O dinheiro seria emprestado pelo BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento) para os projetos Pró-Centro (R$ 200 milhões),
de recuperação do centro da cidade de São Paulo, e para a remoção
de moradores de cortiços (R$ 60
milhões) instalados na mesma região da capital paulista.
O pacote fiscal editado no auge
da crise deflagrada pela queda nas
Bolsas de Valores na Ásia suspendeu os avais da União a dívidas novas de Estados e municípios.
Esta é a segunda vez que o prefeito pede ao governo federal que altere o pacote para ajudá-lo a equacionar a crise financeira por que
passa a Prefeitura de São Paulo.
No final do ano passado, o governo federal ampliou de R$ 900
milhões para R$ 1,4 bilhão o limite
de empréstimos que Estados e municípios poderiam obter junto a
bancos dando em garantia a receita orçamentária futura.
Com a alteração, abriu-se espaço
para a prefeitura obter empréstimo de R$ 324 milhões com o Banco do Brasil. A dívida vence em 31
de janeiro e pode ser prorrogada
até 31 de janeiro de 99.
Pitta disse que não pretende rolar a dívida por muito tempo devido a seu alto custo financeiro. Segundo ele, a antecipação de receita
visa gerar recursos para a prefeitura até que ocorra o "pico" da arrecadação do município, que acontece anualmente até abril.
O prefeito afirmou ter obtido a
"simpatia" do ministro Pedro
Malan (Fazenda) para seus pedidos. No ano passado, ele conseguiu autorização para antecipar
receitas com o Banco do Brasil.
"Isso aqui (o Ministério da Fazenda) não é um caixa 24 horas,
que você chega com o cartão e retira o dinheiro", comparou Pitta.
Pitta também pediu a Malan que
interceda junto ao BNDES para
obter financiamentos de R$ 370
milhões para projetos e custeio administrativo da prefeitura.
Os empréstimos a Pitta são vistos
dentro do PSDB paulista como reflexos de um acordo eleitoral entre
o tucano Fernando Henrique Cardoso e o antecessor e padrinho político do prefeito, Paulo Maluf.
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