São Paulo, Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2000


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Para senador, divergências estão superadas

da Agência Folha, em Salvador

O presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), disse ontem em Salvador que as suas divergências com o presidente Fernando Henrique Cardoso estão "superadas".
"Reconheço que chefio um Poder, mas considero o presidente Fernando Henrique Cardoso a maior figura do país", afirmou ontem de manhã, ao participar da lavagem do Bonfim.
Sobre o jantar que teve anteontem à noite com o presidente no Palácio da Alvorada, ACM informou que foi convidado na segunda-feira passada. "Conversamos sobre a pauta do Senado e as divergências entre nós que foram exploradas pela mídia, mas que não eram tão profundas."
O senador acrescentou que aparou "todas as arestas" que tinha com FHC. "Dentro do princípio do respeito e amizade, chegamos a um bom entendimento."
Antonio Carlos Magalhães, contudo, voltou a defender a aprovação do projeto que limita a edição de medidas provisórias.
"Pelo seu passado democrático, acredito que ele (FHC) queira entrar na história como o homem que, se não extinguiu, pelo menos limitou as medidas provisórias."
Ele admitiu a possibilidade de alterar o projeto. "Continuo com o meu ponto de vista, mas a política é a arte de encontrar um denominador comum. E o presidente está disposto a encontrar o denominador comum."
ACM disse ainda que ficou satisfeito com a aprovação do projeto que cria a Desvinculação dos Recursos da União, que substitui o Fundo de Estabilização Fiscal. A emenda permite que o governo use como quiser 20% da arrecadação de impostos da União já instituídos ou a serem criados.
"Houve compreensão da oposição e um trabalho competente da bancada do governo."

Guerra fiscal
O senador disse que telefonou anteontem para o governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), para tratar da polêmica criada em torno dos incentivos fiscais concedidos pela Bahia.
"Disse ao Covas que o nordestino, quando vai a uma casa alheia, bate à porta e anuncia: é de paz. Foi assim que iniciei minha conversa", afirmou o senador.
ACM declarou que fez um apelo ao governador para acabar com a "guerra política", evitando novos ataques à Bahia e ao governador César Borges (PFL).
Para ele, as sobretaxas que Covas pretende cobrar das empresas que receberam incentivos fiscais de outros Estados atrapalham as votações do Congresso, "pois acirram duas bancadas fortes, Bahia e São Paulo".


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