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Para senador, divergências estão superadas
da Agência Folha, em Salvador
O presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA), disse ontem em Salvador que as suas divergências com
o presidente Fernando Henrique
Cardoso estão "superadas".
"Reconheço que chefio um Poder, mas considero o presidente
Fernando Henrique Cardoso a
maior figura do país", afirmou
ontem de manhã, ao participar da
lavagem do Bonfim.
Sobre o jantar que teve anteontem à noite com o presidente no
Palácio da Alvorada, ACM informou que foi convidado na segunda-feira passada. "Conversamos
sobre a pauta do Senado e as divergências entre nós que foram
exploradas pela mídia, mas que
não eram tão profundas."
O senador acrescentou que aparou "todas as arestas" que tinha
com FHC. "Dentro do princípio
do respeito e amizade, chegamos
a um bom entendimento."
Antonio Carlos Magalhães,
contudo, voltou a defender a
aprovação do projeto que limita a
edição de medidas provisórias.
"Pelo seu passado democrático,
acredito que ele (FHC) queira entrar na história como o homem
que, se não extinguiu, pelo menos
limitou as medidas provisórias."
Ele admitiu a possibilidade de
alterar o projeto. "Continuo com
o meu ponto de vista, mas a política é a arte de encontrar um denominador comum. E o presidente
está disposto a encontrar o denominador comum."
ACM disse ainda que ficou satisfeito com a aprovação do projeto que cria a Desvinculação dos
Recursos da União, que substitui
o Fundo de Estabilização Fiscal. A
emenda permite que o governo
use como quiser 20% da arrecadação de impostos da União já
instituídos ou a serem criados.
"Houve compreensão da oposição e um trabalho competente da
bancada do governo."
Guerra fiscal
O senador disse que telefonou
anteontem para o governador de
São Paulo, Mário Covas (PSDB),
para tratar da polêmica criada em
torno dos incentivos fiscais concedidos pela Bahia.
"Disse ao Covas que o nordestino, quando vai a uma casa alheia,
bate à porta e anuncia: é de paz.
Foi assim que iniciei minha conversa", afirmou o senador.
ACM declarou que fez um apelo
ao governador para acabar com a
"guerra política", evitando novos
ataques à Bahia e ao governador
César Borges (PFL).
Para ele, as sobretaxas que Covas pretende cobrar das empresas
que receberam incentivos fiscais
de outros Estados atrapalham as
votações do Congresso, "pois
acirram duas bancadas fortes, Bahia e São Paulo".
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