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AVALANCHE
Tribunal nega liberdade a Valério, que recorre ao STF
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O publicitário Marcos Valério, preso desde o dia 10 de
outubro do ano passado, teve
negado ontem, por unanimidade, um novo pedido de soltura. A decisão foi de três desembargadores da Primeira
Turma do Tribunal Regional
Federal, em São Paulo.
Marcos Valério, que também é acusado de ser o operador do esquema do mensalão, está preso em decorrência de um processo em que é
investigado por formação de
quadrilha, denunciação caluniosa e corrupção ativa.
Segundo o Ministério Público Federal, o publicitário
foi contratado pelo dono da
cervejaria Petrópolis, Walter
Faria, para "fabricar" um inquérito falso contra dois
agentes da receita que haviam multado a empresa.
Na Operação Avalanche, a
Polícia Federal interceptou
conversas telefônicas de vários denunciados, que falavam abertamente sobre a investigação falsa.
Ontem, por decisão unânime, prevaleceu o voto do relator, desembargador Luiz
Stefanini, que destacou o poderio econômico e político
do grupo ao qual estaria ligado Marcos Valério.
Anteontem, três pessoas
também presas na Avalanche foram soltas por ordem
do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal),
Gilmar Mendes. Foram libertados o advogado Ildeu da
Cunha Pereira Sobrinho, o
policial federal Antônio Vieira Silva Hadano e o investigador da Polícia Civil Fábio
Tadeu dos Santos Gatto.
Os advogados de Marcos
Valério, Antonio Claudio
Mariz de Oliveira e Marcelo
Leonardo, informaram ontem que irão recorrer da decisão ao Superior Tribunal
de Justiça, em Brasília. Eles
também ingressaram no Supremo com um pedido de extensão da decisão de Gilmar
Mendes em benefício de
Marcos Valério.
"Não há nenhuma justificativa para manter essa prisão", disse Mariz de Oliveira.
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