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Presidente descarta
freio na economia
da Reportagem Local
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse em entrevista à
CNN que o governo brasileiro não
vai frear a economia para combater o déficit comercial por meio da
redução das importações.
``Não queremos diminuir as importações. Ao contrário, acreditamos que o importante é aumentar
as exportações. Vamos dobrar
nossas vendas no exterior, nos
próximos quatro a cinco anos, de
US$ 50 bilhões para US$ 100 bilhões.''
FHC disse que não está preocupado com o déficit comercial porque o país tem reservas e está recebendo investimentos estrangeiros
suficientes para o financiamento
do déficit em conta corrente do balanço de pagamentos.
O presidente tornou a ``vender''
o Brasil como uma boa escolha para os investimentos estrangeiros.
Ele disse que o Brasil é bom para os
investimentos por três razões: inflação em queda, poder aquisitivo
em alta e um enorme mercado formado por 160 milhões de pessoas.
``A nossa taxa de câmbio manteve-se quase a mesma nos últimos
dois anos. Isso é bom, porque temos agora previsibilidade. Você
pode prever o que vai acontecer no
futuro'', afirmou.
A entrevista de cinco minutos,
gravada domingo passado em
Londres, foi ao ar ontem durante a
apresentação do programa de negócios da rede de notícias norte-americana.
FHC disse que o déficit comercial
é uma nova experiência no Brasil.
``No passado, tínhamos a possibilidade de neutralizá-lo, desvalorizando a moeda para reduzir custos
internos'', disse.
``Mas não pensamos mais assim.
Acreditamos que é importante aumentar a produtividade. Para nós,
essa é a chave do futuro.''
``Estamos aumentando a produtividade e reduzindo os juros dos
financiamentos para nossos produtos de exportação'', disse.
Perguntado sobre o andamento
das reformas constitucionais, FHC
disse esperar a conclusão das reformas administrativa e da Previdência Social ainda neste semestre.
Disse que a privatização da Vale
do Rio Doce, ``por um valor de
US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões'',
vai acontecer nos próximos meses.
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