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PSDB ironiza "festa da impunidade"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto o PT celebrou ontem
26 anos tentando superar denúncias de corrupção, líderes do PFL
e do PSDB usaram o dia para lembrar os dois anos do caso Waldomiro Diniz. Também foram cobradas providências sobre o caixa
dois do partido, admitido pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares.
"Estão todos aí, salpicados pelo
mar de lama, mas comemorando
a impunidade. O dia 13 de fevereiro merece ser consagrado como o
Dia Nacional da Impunidade",
diz nota do líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM).
Em 13 de fevereiro de 2004, foi
divulgada uma fita de vídeo em
que o então subchefe de Assuntos
Parlamentares da Casa Civil, Waldomiro Diniz, cobrava propina de
um empresário do ramo de jogos.
Quando a cena foi gravada, ele era
presidente da Loterj (Loteria do
Estado do Rio de Janeiro) no governo Benedita da Silva (PT).
"Hoje [ontem] é dia de duplo
aniversário. Os envolvidos no caso Waldomiro comemoram o segundo ano do escândalo sem que
nenhum deles tenha sofrido a menor punição. E o governo Lula se
junta à festa dos 26 anos do partido podendo comemorar também
a impunidade", disse o tucano.
Após a denúncia, Waldomiro
foi exonerado do cargo, a pedido.
A oposição tentou instalar, sem
sucesso, uma CPI para investigar
o caso -o que está sendo feito
hoje pela CPI dos Bingos. "Nem
ele nem os demais acusados respondem a nenhum processo criminal na Justiça. E Waldomiro
continua flanando em Brasília, e,
ao que consta, sem emprego. Vive
de quê? Do silêncio?", questionou.
O fato também foi lembrado na
tribuna da Casa pelo líder do PFL,
senador José Agripino (RN).
"Waldomiro foi filmado pedindo
propina para ele e outros partidos. O processo de sindicância
aberto pelo governo nunca chegou a lugar nenhum. Esse foi o
primeiro de uma série de escândalos envolvendo o atual governo", disse.
(FERNANDA KRAKOVICS)
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