São Paulo, quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Deslanchou

Lula começa a ser mais esclarecedor. Ao PMDB, o presidente já afirmou que o titular da Educação está escolhido e que "será uma ministra" -vem aí Marta Suplicy. Disse ainda que os peemedebistas da Câmara podem dormir tranqüilos, pois o deputado Geddel Vieira Lima será ministro. Por fim, encarregou o líder Henrique Eduardo Alves (RN) de convencer a bancada a assumir a indicação de José Temporão, que vai mesmo para a Saúde. Esse desenho daria ao PMDB da Câmara um ministro "natural" e outro "adotado".
Aí a coisa pega. Alves telefonou ontem ao governador do Rio, Sérgio Cabral, que a pedido de Lula apadrinha o médico sanitarista, para repetir uma frase clássica do manual de loteamento de cargos: Temporão, segundo o líder, "não passa na bancada".

The end. Não vai rolar Sepúlveda Pertence. Foi batido o martelo da ida de Tarso Genro para a Justiça.

Moderação. Da líder do PT no Senado, Ideli Salvatti, sobre o já célebre texto do ministro das Relações Institucionais com críticas à atual direção petista: "Na posição que o Tarso ocupa no governo, e na que pode vir a ocupar, não deveria se expor tanto em questões internas do partido".

Última hora. Tão logo recebeu do Itamaraty a confirmação da visita de Evo Morales, hoje, Lula convidou o governador Blairo Maggi (PR) para o almoço com o presidente da Bolívia, de onde vem todo o gás consumido pelo Estado de Mato Grosso.

Estourou. Pelo combinado, cada ministro discorreria por no máximo 15 minutos sobre o PAC na Câmara. Guido Mantega e Paulo Bernardo respeitaram o cronômetro. Já Dilma Rousseff ultrapassou meia hora de exposição.

Primeirão. Paulo Maluf (PP-SP) pressionou Inocêncio Oliveira (PR-PE) a abrir 15 minutos antes do início da sessão a lista de inscrições para inquirir os ministros. Assim, conseguiu ser o primeiro a fazer perguntas.

É meu. Ricardo Izar cobrará de Arlindo Chinaglia apoio para permanecer à frente do Conselho de Ética. Alega que isso fez parte do acordo para o PTB apoiar a eleição do petista à presidência da Câmara. É improvável que a pressão dê certo, dado o elevado interesse dos petistas pelo posto.

Forcinha. Lula ligou para a direção da UNE e prometeu ajuda na construção de um centro cultural no terreno do Rio onde funcionava a sede da entidade, agora reocupado.

Ecollogista. Fernando Collor (PTB-AL) quer fazer do meio ambiente uma bandeira no Senado. Em intervenção na Comissão de Relações Exteriores, disse que a discussão sobre segurança global tem de priorizar a questão ambiental.

Painho. ACM foi destaque ontem no "Correio da Bahia", jornal de sua família. Caderno especial lembrou que há 40 anos o pefelista assumia Salvador para implantar uma "revolucionária administração". Título do material: "40 anos do prefeito do século".

Má hora. À exceção das bancadas do PT e do PC do B, só deputados estaduais não-reeleitos assinaram o pedido de CPI do Metrô em São Paulo. Justificativa de quem não endossou a comissão: não é bom contrariar o governo na hora de discutir cargos.

Remake. Como a atual legislatura termina em 15 de março, a oposição a José Serra já começou a reunir as assinaturas de novos parlamentares para reapresentar o pedido.

40 graus. Roberto Requião (PMDB) acusou José Richa Filho de desviar R$ 10 mi do DER para campanhas do irmão, Beto Richa (PSDB). Na resposta, o prefeito de Curitiba disse que o governador está "visivelmente atormentado".

Visita à Folha. Jorge Bornhausen, presidente do PFL, visitou ontem a Folha.

Tiroteio

"O senador Demóstenes e seus colegas deveriam revelar o que querem de fato: prisão ou pena de morte para quem nasce pobre e preto no Brasil".
Do deputado CARLITO MERSS (PT-SC) em resposta a Demóstenes Torres (PFL-GO), defensor da redução da maioridade penal para 14 anos.

Contraponto

Foliões

O ministro Luiz Marinho (Trabalho) e representantes de centrais sindicais participaram na segunda de discussão sobre a proposta de criar fundo de investimentos com recursos do FGTS, uma das mais polêmicas do PAC.
Num intervalo, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, foi interpelado por jornalistas interessados em saber se havia acordo.
-Precisamos de outra reunião-, respondeu Paulinho.
-Quando, na outra segunda?-, perguntou um repórter.
-No Carnaval? Vocês estão loucos? Já não basta essa história de a Câmara fazer sessão na sexta-feira?
Horas depois, a Casa cancelou a sessão desta sexta.


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