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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Deslanchou
Lula começa a ser mais esclarecedor. Ao PMDB, o
presidente já afirmou que o titular da Educação está
escolhido e que "será uma ministra" -vem aí Marta
Suplicy. Disse ainda que os peemedebistas da Câmara
podem dormir tranqüilos, pois o deputado Geddel
Vieira Lima será ministro. Por fim, encarregou o líder
Henrique Eduardo Alves (RN) de convencer a bancada a assumir a indicação de José Temporão, que vai
mesmo para a Saúde. Esse desenho daria ao PMDB da
Câmara um ministro "natural" e outro "adotado".
Aí a coisa pega. Alves telefonou ontem ao governador do Rio, Sérgio Cabral, que a pedido de Lula apadrinha o médico sanitarista, para repetir uma frase clássica do manual de loteamento de cargos: Temporão,
segundo o líder, "não passa na bancada".
The end. Não vai rolar Sepúlveda Pertence. Foi batido
o martelo da ida de Tarso
Genro para a Justiça.
Moderação. Da líder do PT
no Senado, Ideli Salvatti, sobre o já célebre texto do ministro das Relações Institucionais com críticas à atual direção petista: "Na posição que
o Tarso ocupa no governo, e
na que pode vir a ocupar, não
deveria se expor tanto em
questões internas do partido".
Última hora. Tão logo recebeu do Itamaraty a confirmação da visita de Evo Morales, hoje, Lula convidou o governador Blairo Maggi (PR)
para o almoço com o presidente da Bolívia, de onde vem
todo o gás consumido pelo Estado de Mato Grosso.
Estourou. Pelo combinado,
cada ministro discorreria por
no máximo 15 minutos sobre
o PAC na Câmara. Guido
Mantega e Paulo Bernardo
respeitaram o cronômetro. Já
Dilma Rousseff ultrapassou
meia hora de exposição.
Primeirão. Paulo Maluf
(PP-SP) pressionou Inocêncio Oliveira (PR-PE) a abrir 15
minutos antes do início da
sessão a lista de inscrições para inquirir os ministros. Assim, conseguiu ser o primeiro
a fazer perguntas.
É meu. Ricardo Izar cobrará de Arlindo Chinaglia apoio
para permanecer à frente do
Conselho de Ética. Alega que
isso fez parte do acordo para o
PTB apoiar a eleição do petista à presidência da Câmara. É
improvável que a pressão dê
certo, dado o elevado interesse dos petistas pelo posto.
Forcinha. Lula ligou para a
direção da UNE e prometeu
ajuda na construção de um
centro cultural no terreno do
Rio onde funcionava a sede da
entidade, agora reocupado.
Ecollogista. Fernando Collor (PTB-AL) quer fazer do
meio ambiente uma bandeira
no Senado. Em intervenção
na Comissão de Relações Exteriores, disse que a discussão
sobre segurança global tem de
priorizar a questão ambiental.
Painho. ACM foi destaque
ontem no "Correio da Bahia",
jornal de sua família. Caderno
especial lembrou que há 40
anos o pefelista assumia Salvador para implantar uma
"revolucionária administração". Título do material: "40
anos do prefeito do século".
Má hora. À exceção das
bancadas do PT e do PC do B,
só deputados estaduais não-reeleitos assinaram o pedido
de CPI do Metrô em São Paulo. Justificativa de quem não
endossou a comissão: não é
bom contrariar o governo na
hora de discutir cargos.
Remake. Como a atual legislatura termina em 15 de
março, a oposição a José Serra
já começou a reunir as assinaturas de novos parlamentares
para reapresentar o pedido.
40 graus. Roberto Requião
(PMDB) acusou José Richa
Filho de desviar R$ 10 mi do
DER para campanhas do irmão, Beto Richa (PSDB). Na
resposta, o prefeito de Curitiba disse que o governador está
"visivelmente atormentado".
Visita à Folha. Jorge
Bornhausen, presidente do
PFL, visitou ontem a Folha.
Tiroteio
"O senador Demóstenes e seus colegas deveriam
revelar o que querem de fato: prisão ou pena de
morte para quem nasce pobre e preto no Brasil".
Do deputado CARLITO MERSS (PT-SC) em resposta a Demóstenes Torres (PFL-GO), defensor da redução da maioridade penal para 14 anos.
Contraponto
Foliões
O ministro Luiz Marinho (Trabalho) e representantes
de centrais sindicais participaram na segunda de discussão sobre a proposta de criar fundo de investimentos com
recursos do FGTS, uma das mais polêmicas do PAC.
Num intervalo, o deputado Paulo Pereira da Silva
(PDT-SP), presidente da Força Sindical, foi interpelado
por jornalistas interessados em saber se havia acordo.
-Precisamos de outra reunião-, respondeu Paulinho.
-Quando, na outra segunda?-, perguntou um repórter.
-No Carnaval? Vocês estão loucos? Já não basta essa
história de a Câmara fazer sessão na sexta-feira?
Horas depois, a Casa cancelou a sessão desta sexta.
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