São Paulo, quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

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Outro lado

Para deputados, doações não vão afetar trabalhos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Deputados ouvidos pela Folha negaram que doadores de campanhas possam interferir na condução de seus trabalhos à frente das comissões.
O tucano Júlio Semeghini (SP) disse que há oito anos atua na comissão de Ciência e Tecnologia e que as doações de empresas ligadas à área se devem ao fato de que seus projetos atraíram investimentos e beneficiaram o setor. "Isso incentivou as empresas a fabricarem no Brasil. Por ser conhecedor do setor, posso ser interlocutor com a sociedade", disse.
João Campos (PSDB-GO) admite a "incoerência" no fato de ter recebido recursos de empresas ligadas à área de atuação da comissão que chefiará, mas afirma que a culpa é da legislação eleitoral. "O sistema brasileiro criou essa situação, é natural que tenha relação com empresas ligadas à atividade parlamentar. Não teria como negociar com um laboratório químico, por exemplo", afirmou ele.
José Otávio Germano (PP-RS) diz se sentir "totalmente descompromissado" em relação aos doadores de sua campanha.
Já Eliseu Padilha (PMDB-RS), indicado para a Comissão de Transportes, disse que, "se tem reconhecimento de parte do setor", isso se deve à atuação no Executivo. Padilha foi ministro dos Transportes de 1997 a 2001, na gestão FHC. "Não vejo qualquer identificação de interesse."
A Folha não conseguiu localizar Marcos Montes (PFL-MG) e Wellington Fagundes (PR-MT).


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