São Paulo, terça-feira, 14 de março de 2006

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PANORÂMICA

JUDICIÁRIO

Interino critica atuação de procurador-geral de SP, que vê caráter eleitoreiro em fala
O procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo interino, Fernando José Marques, acusou o antecessor dele no cargo, Rodrigo César Rebello Pinho, de ter montado uma "caixa preta" e de ter transformado a instituição numa "máquina eleitoral".
Pinho, que se afastou em fevereiro para tentar a reeleição, disse que a declaração é uma "bobagem". "Essa declaração, às vésperas da disputa, possui um caráter eleitoreiro. O interino deveria presidir o processo de sucessão de forma imparcial."
Marques, que assumiu o cargo por ser o membro mais antigo do Ministério Público, apóia um dos adversários de Pinho.
A manifestação do interino foi feita na quinta-feira passada, numa reunião do Órgão Especial do Colégio dos Procuradores, que reúne 42 membros.
Marques disse que a primeira "caixa preta" de Pinho é o número de assessores da Procuradoria Geral. "O presidente do Tribunal de Justiça tem 11 assessores, enquanto o [ex-]procurador-geral tinha 83". Segundo ele, esse "inchaço" é um dos motivos pela falta de promotores de primeira instância.
Pinho afirmou que tinha 75 assessores, alguns com funções administrativas e outros processuais -responsáveis pela propositura de ações. "O tamanho é compatível com a relevância do órgão." Ligado ao antigo grupo do PMDB, Marques foi o único membro do Órgão Especial que, em 2001, se absteve no voto de pesar pela morte do governador Mário Covas (PSDB). (DA REPORTAGEM LOCAL)

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