Quase 29 mil filiados a partidos políticos em Minas Gerais e mais de 12 mil servidores públicos municipais entraram na mira do Ministério Público Estadual e serão investigados. São pessoas cujos nomes aparecem como beneficiárias do Bolsa-Família no Estado. O Ministério Público quer saber se elas recebem recursos do programa do governo federal devido a algum tipo de favorecimento político.
A Promotoria chegou aos 28.961 filiados a partidos e aos 12.434 servidores ao cruzar as listagens fornecidas pela Justiça Eleitoral e por 547 prefeituras mineiras com a lista do Ministério do Desenvolvimento Social, com os 998 mil beneficiados pelo programa em Minas Gerais.
Passados quase dois anos e meio desde a criação do Bolsa-Família, o governo federal continua aplicando R$ 1,075 bilhão por ano para pagar benefícios dos programas remanescentes.
O levantamento da Promotoria ainda é parcial. Até agora, do total de 1,431 milhão filiados a partidos em Minas, já foram cruzados os nomes de 880.352 (62% do total da listagem). Outras 306 prefeituras ainda não remeteram as suas listas para o Ministério Público.
O promotor Rodrigo Albuquerque, da Coordenadoria de Planejamento Institucional do Ministério Público, responsável pela investigação, disse que o fato de filiados e servidores estarem na lista não significa que existam irregularidades. Somente a investigação poderá determinar se houve favorecimentos políticos. (DA AGÊNCIA FOLHA)


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