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"Política também é destino", afirma Alckmin
FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Pouco menos de uma hora
separou ontem os tucanos José
Serra e Geraldo Alckmin, em
Santos. Ambos foram ao velório de Rubens Lara, fundador
do PSDB, ex-secretário da Casa
Civil de Alckmin e assessor de
Serra, mas não se encontraram.
O governador de São Paulo
chegou à Prefeitura de Santos,
local do velório, por volta das
14h, após a saída de Alckmin.
Questionado sobre a possibilidade de ser candidato a prefeito, Alckmin disse que o "sentimento" do PSDB é de candidatura própria. Sobre sua vontade de concorrer, afirmou:
"O sentimento é de entusiasmo. Gosto de trabalhar, já fui
candidato a prefeito. Política é
destino também. Em 2000, não
cheguei ao segundo turno por
um milésimo, mas acabei, pelo
destino, virando governador".
Alckmin falou ainda em uma
aliança no segundo turno com
o DEM, do prefeito Gilberto
Kassab, outro possível candidato. "O DEM é nosso aliado. Se
não for no primeiro turno, certamente estaremos juntos no
segundo turno. O clima é bom,
de entendimento", afirmou,
para completar: "Principalmente temos que ouvir a sociedade, a rua, a comunidade. E a
gente sente uma enorme confiança no povo de São Paulo".
Para o ex-governador, a eleição em São Paulo é hoje a "mais
importante do Brasil". Ele se
disse um "homem de partido".
"O PSDB vai decidir, o prazo é
junho, que é a convenção, mas
tenho a impressão que essa decisão deve ocorrer antes", disse.
Serra não se encontrou com
Alckmin. Na saída, falou sobre
sua relação com Lara. "Era acima de tudo da total confiança."
Questionado sobre a aliança
com o DEM, o governador encerrou a entrevista coletiva e
preferiu não comentar.
Rubens Lara morreu anteontem, aos 64 anos, de infarto.
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