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MST elogia revisão de critério e faz acordo com o PT para poupar Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dirigentes nacionais do MST se
disseram otimistas com a possibilidade de revisão dos critérios para considerar uma propriedade
produtiva, o que tornaria mais fácil a desapropriação de terras.
João Pedro Stedile e outros líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra reuniram-se ontem com membros da
cúpula petista na Câmara dos Deputados e selaram um acordo em
que o MST poupará o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva de críticas enquanto o partido pressionará a equipe econômica para liberar verbas para a reforma agrária.
O desbloqueio de R$ 400 milhões do Ministério do Desenvolvimento Agrário também foi elogiado pelo movimento.
A reunião foi proposta pelo líder do PT na Câmara, Paulo Rocha (PA), e teve a presença do presidente nacional do partido, José
Genoino: "Nós dissemos ao MST
que o PT está solidário com a luta
pelo cumprimento das metas para reforma agrária neste ano, assim como para reconstituir o orçamento que foi congelado pelo
governo", afirmou Genoino. Falta
ainda ser desbloqueado pelo governo federal cerca de R$ 1,3 bilhão de verbas congeladas para a
reforma agrária.
Os dirigentes do movimento
saíram da reunião dizendo que o
presidente Lula era um "aliado".
Segundo eles, a culpa pela lentidão na reforma agrária está em
dois "pólos de conservadorismo"
no governo: a equipe econômica e
os defensores do agronegócio no
Ministério da Agricultura.
"O governo é de composição,
em que as forças conservadoras
do capital se abonaram do Ministério da Fazenda e estão aplicando
uma política econômica que é a
continuidade do [ex-presidente]
Fernando Henrique. O presidente
Lula nós consideramos um aliado", afirmou Stedile.
(FÁBIO ZANINI)
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