São Paulo, quarta-feira, 14 de abril de 2010

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

China & Brasil

A agência Xinhua produziu longa reportagem de apresentação da visita de Hu Jintao, que chega hoje. Sob o enunciado "Laços Brasil-China terão influência global", nos jornais estatais chineses, sublinha que as "duas potências emergentes são economias complementares". Cita investimentos bilaterais em energia, aviação, satélite, até cultura. O "China Daily" acrescenta que um dos "maiores beneficiários" da visita pode ser o projeto Porto Açu, no Rio. E a Reuters acrescenta que quatro estatais chinesas já negociam comprar uma participação no pré-sal.

 


Também nas agências, Sun Hongbo, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, avisa que é preciso "atenção aos riscos, se as empresas foram excessivamente agressivas". Mas Zhow Zhiwei, "especialista em Brasil" na instituição, encerra dizendo: "Os dois têm uma aspiração comum de desenvolvimento. E se beneficiam da abordagem de grupo ao lidar com sua ascensão. Para uma potência em ascensão, é muito, muito difícil ser sozinha."

BRASIL LÁ

Reuters/news.yahoo.com


A Reuters destacou o pavilhão brasileiro da Expo Mundial de Xangai, que abre no dia 1º de maio e vai até outubro, com uma previsão de 70 milhões de visitantes



MÚSCULOS

Jas/economist.com


Em seu destaque da semana, a "Economist" apostou mais na cúpula Bric em Brasília, de "músculos crescentes", do que na cúpula nuclear de Washington

THINK TANK BRIC
"Financial Times" e "Wall Street Journal" adiantaram análises da cúpula Bric. Para o primeiro, "eles mais competem do que têm interesses comuns". Para o segundo, "tensões entre os quatro são muitas, mas sua força crescente representa mudança maciça no equilíbrio de poder do mundo", da qual "não é possível escapar".
A Reuters ressaltou, como maior "tensão" entre Brasil e China, as restrições provocadas pela "falta de especialidade acadêmica" e até do domínio dos idiomas. Não por acaso, o brasileiro Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) abre hoje a Cúpula Bric de Think Tanks, com nomes como Li Yang, vice da Academia Chinesa de Ciências Sociais, e o indiano Rathin Roy, do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo.



ZUMA VEM AÍ
O presidente da África do Sul visita Brasília para "coordenar posições" com Índia e Brasil sobre reforma do Conselho de Segurança e aquecimento global, noticia o sul-africano "Independent".
E o britânico "FT" já avisa que, "para brasileiros, indianos e chineses", a África do Sul "não é a nação fracassada que o Ocidente desenha".

PORTAS ABERTAS
Do canal de notícias PressTV ao "Tehran Times", ecoa no Irã a visita do ministro Miguel Jorge, com empresários em busca de negócios.
A agência estatal Fars destacou, do presidente Mahmoud Ahmadinejad, que "o Irã é boa porta de entrada do Brasil no Oriente Médio, assim como o Brasil o é, para o Irã, na América Latina".

QUALQUER COISA NO "NYT"
A "Foreign Policy" até ironizou o jornal, na home. O "New York Times" impresso chegou a rodar a manchete "China apoia sanções ao Irã", mas voltou atrás e encerrou com "apoia conversa sobre punição ao Irã".
Para o "Wall Street Journal" de papel, nem isso. EUA e China seguem "divididos" e o segundo "impede" sanções.
Dias antes, em entrevista à TV pública, o publisher do "WSJ", Rupert Murdoch, já criticava: "O 'Times' tem, muito claramente, uma agenda. E você pode ver isso no modo como selecionam suas histórias, no que eles põem na capa: é qualquer coisa que Obama quiser."

AMOR
Jason Reed/drudgereport.com
No alto do conservador Drudge Report, ontem ao longo do dia, o abraço entre Obama e Lula durante a cúpula de segurança nuclear, com a chamada "Amor pelo 'progressista' Lula"



DEFESA
"Christian Science Monitor" e agências ocidentais arriscavam ontem "por que o Brasil assinou acordo militar com os EUA". Para Johanna Forman, do Center for Strategic and International Studies, de Washington, "Lula está fazendo as fundações para sua indústria de defesa".

JUSTIÇA
Do site de um canal de Dayton, Ohio, onde nasceu Dorothy Stang, à home do "NYT", com reportagem própria baseada na Globo News, enunciados como "Justiça para a freira morta no Brasil" e "Fazendeiroo brasileiro é condenado no assassinato de católica", no Pará.


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