São Paulo, domingo, 14 de maio de 2006

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PAINEL

Volta de vantagem
Resultado de pesquisa Ibope encomendada pela Vale do Rio Doce, feita nos Estados de SP, MG, BA e MA: Lula, 44%; Alckmin, 19%; Garotinho, 10%.

Casa do adversário 1
Outra pesquisa recém-concluída indica que Lula continua a crescer no interior de SP, fortaleza do PSDB em anos recentes.

Casa do adversário 2
Também fora de São Paulo o presidente colhe boas notícias. Em Goiás, onde o governo do tucano Marconi Perillo terminou com elevada aprovação e Geraldo Alckmin já esteve na frente, agora é Lula quem lidera.

Transgênico
Petistas e tucanos dedicados a observar os movimentos de Orestes Quércia suspeitam que o cobiçado peemedebista possa optar por um arranjo híbrido: apoiar Lula para presidente e José Serra para governador.

Hedge
As cobranças de Eduardo Suplicy para que o presidente vá ao Congresso prestar esclarecimentos sobre o destampatório de Silvio Pereira foram interpretadas no PT como um aviso: o senador não assistirá quieto aos esforços do grupo de Lula para inviabilizar sua reeleição.

Capa e espada
O prefeito do Rio, Cesar Maia, explica por que, em seu boletim eletrônico, só se refere ao assessor presidencial Marco Aurélio Garcia como "sargento Garcia": "O amigo dileto de Zorro me parece o personagem perfeito para a comédia de erros que é a política externa do governo Lula".

Mau agouro
Do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), sobre a opção de Alckmin por ACM, em detrimento dos tucanos locais, durante visita a Salvador: "O último presidenciável que beijou a mão de Antonio Carlos foi Ciro Gomes. Deu no que deu".

Cofrinho quebrado
O ex-presidente do PT José Genoino avisou ao advogado Luiz Fernando Pacheco que vai pagar seus honorários com os R$ 100 mil recebidos de indenização como anistiado político.

Microondas
A CPI dos Bingos tem requerimento aprovado e pronto para ir ao forno de reaquecimento da crise: a convocação de Delúbio Soares. Como Silvio Pereira se esqueceu do que disse, a oposição quer ouvir o ex-tesoureiro.

Na ponta do lápis
Quem é do ramo já calculou e afirma: em São Paulo, a eleição de um deputado federal não sairá por menos de R$ 4 mi este ano. Prestações de contas abaixo dessa cifra devem ser inscritas na categoria de ficção.

Em má hora
No auge da crise dos sanguessugas, a Mesa da Câmara se reuniu para discutir a reforma dos apartamentos dos deputados. Por sugestão de José Thomaz Nonô (PFL-AL), Aldo Rebelo (PC do B-SP) congelou o plano.

Feudo preservado
A principal resistência do Senado ao projeto do deputado Ricardo Barros (PP-PR) que muda a tramitação do Orçamento está no fato de ele por fim à emenda de senador, privilégio dos integrantes da "Câmara alta".

Gritaria anunciada
O Incra já foi avisado de que o programa de assistência técnica, um dos mais caros ao MST, vai entrar nos cortes do Orçamento que serão anunciados amanhã.

Sob controle
A Controladoria Geral da União rescindiu contrato de R$ 867,4 mil, sem licitação, com a empresa de informática Link-Data. O Tribunal de Contas da União determinou à CGU só contratar diretamente quando for inviável a competição.

TIROTEIO

Do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), sobre a recusa do PT em atender seu ex-secretário-geral Silvio Pereira, que reivindica indenização no valor de um salário por ano trabalhado no partido sob o argumento de que era um "mero tarefeiro":
-Parece que o governo Lula resolveu começar a reforma trabalhista com Silvio Pereira.

CONTRAPONTO

Efeito comparativo

Ao chegar a uma favela do Rio onde participaria de um evento no final de semana passado, Chico Alencar (PSOL-RJ) teve o carro cercado por um grupo de jovens, todos armados, ligados ao tráfico no morro.
-Eu vim para um debate a convite da associação de moradores -, começou a esclarecer o assustado parlamentar.
Um dos garotos, aparentando ter algo entre 15 e 17 anos, interrompeu a explicação:
-Espera aí! Você não é aquele deputado, o Chico Xavier?
Sem querer esticar a conversa, Alencar preferiu não corrigi-lo:
-Sou, sim.
Os integrantes do "comando" observaram o visitante, que exibia um sorriso amarelo. Antes de autorizar Alencar a seguir em frente, o garoto, que portava um fuzil, comentou:
-Olha, doutor, a bandidagem lá em Brasília tá braba, hein? Fala sério!


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