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Fundo de pensão se recusa a passar dados a TCE do Rio
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
O fundo de pensão Prece se recusou a fornecer documentos sobre suas movimentações financeiras ao TCE (Tribunal de Contas do Estado). Com base na negativa e na advertência do BC (Banco Central), que suspeita de desvio de dinheiro do fundo para uso
político no governo Rosinha Matheus (PMDB), o tribunal decidiu
realizar uma inspeção extraordinária no Prece.
Além da inspeção extra, a falta
da documentação fez o TCE-RJ
recorrer à Justiça contra o fundo
por ordem do presidente, José
Gomes Graciosa. O tribunal já
tem indícios de que ao menos R$
300 milhões podem ter sido desviados desde que Rosinha assumiu o governo, em 2003.
Na última segunda-feira, o TCE
enviou ao Prece ofício em que requeria informações detalhadas
sobre suas finanças. O tribunal
também exigia a relação de todos
os investimentos realizados pelo
Prece nos últimos dois anos.
O Prece é o fundo dos servidores da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto), empresa
de saneamento do governo do Estado. O TCE decidiu pedir à governadora o afastamento da direção do Prece. Ao Ministério Público, pediu que inicie uma ação
criminal contra o fundo.
Na CPI dos Correios, o fundo
conseguiu a proeza de unir petistas e aliados do pré-candidato do
PMDB à Presidência Anthony
Garotinho. A aliança resultou na
derrubada da proposta da quebra
dos sigilos do fundo.
Casado com a governadora, Garotinho designou políticos de sua
confiança, como os deputados federais Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Carlos Willian (PTC-MG),
para que agissem pela não-abertura das contas do Prece.
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