São Paulo, sexta-feira, 14 de maio de 2010 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br Pressiona e negocia
Na manchete da BBC Brasil à noite, do chanceler Celso Amorim, "Ninguém pode ter certeza, mas acho que temos os elementos para conseguir um acordo". Já na Associated Press, de Washington, "Governo se movimenta para barrar esforço turco-brasileiro". A secretária Hillary Clinton "enviou mensagem brusca" ao ministro do exterior turco e o presidente Barack Obama ligou para o presidente Dmitri Medeved sobre o tema, antecipando-se à reunião do russo com Lula em busca de apoio. Falaram por uma hora e meia. Por outro lado, também via AP, a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, anunciou "avanço" nas sanções e disse que "talvez fortaleça Lula quando ele levar aos iranianos, espero, a mensagem de que a pressão está crescendo". E "um funcionário sênior do Departamento de Estado, sob anonimato", falou às agências todas que Lula é "a última chance" do Irã. AMBIÇÃO E GOL CONTRA
SOB FOGO Ontem no site da instituição conservadora Heritage, de Washington, o ex-diplomata e especialista em América Latina Ray Walser insinuou que, com a viagem ao Irã, "Lula pode estar de olho num prêmio Nobel da Paz" e tentando "marginalizar a liderança global dos EUA". No Huffington Post, Steve Clemons, do blog de política externa Washington Note, destacou que "Lula não pode minar a chance do Brasil de ser nação indispensável". Lembrou que ele é cotado para secretário-geral da ONU. Em sua coluna no "Wall Street Journal", Gerald Seib questionou a viabilidade do esforço "pessoal" de Lula, junto ao Irã, e arriscou que as sanções estão próximas. O PODER MUDA Em análise cética do encontro União Europeia-América Latina, a "Economist" avisa para não esperar avanço na "parceria estratégica", pois o comércio vem crescendo pouco e tende a crescer menos, com a crise. "Mas", avisa no subtítulo, "o equilíbrio do poder diplomático mudou para o Brasil", como mostrou o veto feito a Honduras. E em análise do efeito da vitória conservadora no Reino Unido sobre a política externa, o "WSJ" diz que a "relação especial" Londres-Washington deve declinar "conforme a economia britânica deixar o palco global", abrindo lugar para a Índia, o Brasil e outros emergentes junto aos EUA. VENCEDORES
Em suma, "saltaram à frente" e trazem um novo quadro às finanças mundiais. "O Estado joga um papel cada vez mais ativo. Ele detém a maior parte do sistema bancário na China, na Índia e na Rússia e uma crescente porção no Brasil." No editorial "O dilema dos vencedores", sobre seu caderno, a revista avisa para riscos futuros como possíveis "empréstimos ruins", próprios das economias de rápido crescimento. SHOPPING NA FLORESTA Na capa do "Wall Street Journal" de papel, abaixo da manchete, "Na Amazônia, florestas dão lugar a ratos de shopping". De Rio Branco, John Lyons mostra o avanço dos shoppings nas maiores cidades, parte da "ascensão do consumidor amazônico", que sublinha "o tamanho do boom interno". Na Amazônia, "Lula fez chover dinheiro no esforço de elevar o padrão das classes pobres", com Bolsa Família, crédito subsidiado às empresas e projetos hidrelétricos. Agora "o desafio, diz o ex-governador Jorge Viana, é criar o modelo sustentável de desenvolvimento". "MINHA CASA"
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