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Presidente da CPI avisa parlamentares da queda
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Antes mesmo de ter um comunicado oficial pelo Palácio do Planalto, o presidente da CPI dos
Correios, Delcídio Amaral (PT-MS), anunciou por volta das
21h40 que o diretor-geral da Abin
(Agência Brasileira de Inteligência), Mauro Marcelo de Lima e
Silva, havia pedido demissão.
O anúncio foi feito por Delcídio
aos membros da comissão durante o depoimento do diretor comercial da Skymaster, Luiz Otávio Gonçalves. Delcídio teria sido
comunicado pelo presidente do
Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), que por sua vez foi
avisado pelo Palácio do Planalto
do pedido de demissão.
O documento escrito pelo diretor-geral da Abin foi levado à CPI
dos Correios pelo líder do PFL,
deputado Rodrigo Maia (RJ), e
conseguiu irritar tanto os governistas quanto a oposição.
"Essa nota é inaceitável, é uma
ofensa ao Congresso brasileiro.
Nos consideramos profundamente desrespeitados com a forma que esse servidor trata o Congresso", disse o deputado José
Eduardo Cardozo (PT-SP).
Também dizendo-se "indignado", o deputado Jorge Bittar (PT-RJ) apressou-se em esclarecer que
as declarações do diretor-geral da
Abin não refletiriam o pensamento do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, que estava fora do país.
"Esse servidor não tem compostura para exercer o cargo em
que se encontra. Deve ser exonerado e processado", disse o deputado Roberto Freire (PPS-PE). O
líder do PSDB, senador Arthur
Virgílio (AM), disse que a nota é
"estarrecedora" e também pediu
a demissão de Mauro Marcelo.
(FERNANDA KRAKOVICS E LEILA SUWWAN)
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