São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 2005

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Presidente da CPI avisa parlamentares da queda

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Antes mesmo de ter um comunicado oficial pelo Palácio do Planalto, o presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS), anunciou por volta das 21h40 que o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Mauro Marcelo de Lima e Silva, havia pedido demissão.
O anúncio foi feito por Delcídio aos membros da comissão durante o depoimento do diretor comercial da Skymaster, Luiz Otávio Gonçalves. Delcídio teria sido comunicado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que por sua vez foi avisado pelo Palácio do Planalto do pedido de demissão.
O documento escrito pelo diretor-geral da Abin foi levado à CPI dos Correios pelo líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ), e conseguiu irritar tanto os governistas quanto a oposição.
"Essa nota é inaceitável, é uma ofensa ao Congresso brasileiro. Nos consideramos profundamente desrespeitados com a forma que esse servidor trata o Congresso", disse o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP).
Também dizendo-se "indignado", o deputado Jorge Bittar (PT-RJ) apressou-se em esclarecer que as declarações do diretor-geral da Abin não refletiriam o pensamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava fora do país.
"Esse servidor não tem compostura para exercer o cargo em que se encontra. Deve ser exonerado e processado", disse o deputado Roberto Freire (PPS-PE). O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), disse que a nota é "estarrecedora" e também pediu a demissão de Mauro Marcelo.
(FERNANDA KRAKOVICS E LEILA SUWWAN)

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