São Paulo, terça-feira, 14 de julho de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Nova era?

A Reuters despachou do Brasil a análise "Nova era se anuncia nas relações entre EUA e América Latina", dizendo que a reação americana à crise em Honduras foi "um passo importante" para mudar sua imagem. Para Julia Sweig, do Council on Foreign Relations, de Nova York, Obama aproveitou para "mostrar que esta é uma nova era". Outro instituto influente, Brookings, de Washington, realizou ontem um seminário sobre o Brasil "superpotência" e marcou outro para amanhã, sobre a "parceria de iguais" tão prometida por Obama às América Latina. E hoje EUA e Cuba retomariam, afinal, o diálogo sobre imigração.

 

Ontem à noite, porém, o deposto Manuel Zelaya surgiu via agências com ultimato para voltar ao poder -e já ameaça adiar a nova era.



GM EMERGENTE

No topo das buscas sobre o país, ontem, um post do "Wall Street Journal" deu que a "GM está contratando trabalhadores no Brasil". Abrindo o texto, "pode não ser uma tendência", mas já são 50 vagas "quando muitas montadoras estão demitindo".
Em reportagem sobre a vinculação da GM brasileira à GM de Xangai, por causa da avaliação de que "o mercado chinês será maior que o americano já este ano", o "Valor" avisou que amanhã a montadora confirma investimentos de R$ 2 bilhões no Brasil.



"NEW KING OF FOOD"
Bob Staake/online.barrons.com
Com a ilustração acima, o semanário nova-iorquino de finanças "Barron's" destaca na nova edição "O novo rei da comida", sobre a Brasil Foods, "nascida de uma fusão e que vai se tornar uma potência internacional".
A reportagem de Kenneth Rapoza, com eco nas agências, compara a empresa brasileira -uma união encaminhada por Perdigão e Sadia- a gigantes americanas como Smithfield Foods e Tyson Foods. E diz que garante ao eventual investidor a participação no "banquete" que é o crescente mercado consumidor brasileiro. Em destaque, "ações da Brasil Foods podem se debater no começo por questões ligadas à fusão, mas depois sobem até 36%".



BOLSA ÍNDIA

O "WSJ" publicou longo artigo de K. Seeta Prabhu, do Programa de Desenvolvimento da ONU, alertando que o desemprego crescente na Índia levanta dúvidas sobre seu "descolamento" da crise. Defende como saída adotar transferências condicionadas de dinheiro, como o Bolsa Família do Brasil e a versão anterior mexicana. Já estaria em teste, em algumas regiões.



CIÊNCIA EM ALTA?
sciencewatch.com
Com o gráfico acima, o Science Watch, da Thomson Reuters, traz em sua nova edição, de julho/agosto, divulgada ontem on-line, a "ciência brasileira em alta".
De acordo com o editor Christopher King, "nas últimas duas décadas o Brasil vem elevando com consistência a produção e o impacto de suas publicações científicas", o que "confirma o status do país como um dos chamados Brics". Nas duas edições anteriores, o Science Watch trouxe estudos sobre China e Índia. Ecoou por sites de investimento, sob enunciados como "Crescimento em pesquisa científica ressalta forte potencial econômico do Brasil".



"O PIOR JÁ PASSOU"

Também destaque nas buscas de Brasil, a Bloomberg deu que melhorou a previsão para o PIB no ano, segundo economistas ouvidos pelo Banco Central.
E o semanário "Meio & Mensagem" ressalta, na nova edição, que "o pior já passou" no setor de comunicação, com os anunciantes apontando "recuperação em curso". As projeções de investimento do setor imobiliário, por exemplo, "animam a mídia impressa".

TWITTER NÃO
O "Financial Times" deu na capa e o blog Blue Bus ecoou que causou "sensação" entre executivos de comunicação um relatório sobre os hábitos de mídia de um estagiário de 15 anos do Morgan Stanley. Sem "rigor estatístico", diz coisas como "adolescentes não usam Twitter".

E NÃO
O mesmo "FT" adiantou no site que "magnatas da mídia redescobrem o ceticismo" com inovações como Twitter ou o Kindle, da Amazon. Cita Rupert Murdoch e Howard Stringer, da Sony. O segundo diz não querer se associar ao "clube dos que fazem muito pouco dinheiro".


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