São Paulo, Sábado, 14 de Agosto de 1999 |
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PAINEL Contrabando tributário Além do TCU (Tribunal de Contas da União), a Justiça Federal também determinou a redução do preço do pedágio na via Dutra de R$ 3,50 para R$ 3,32. Na ação, o Ministério Público Federal acusou a concessionária e o governo de cobrarem ISS indevidamente. Sobra de caixa O Ministério Público avalia que R$ 33 mi foram cobrados a mais desde 93 nos pedágios da via Dutra. O dinheiro foi usado em obras sem licitação. Carlistas tentam faturar Circulam em Brasília versões sobre o jantar ACM-Temer. A turma do baiano conta que Temer foi quase reverencial e falou em amizades que se fazem "em um minuto". O grupo de Temer dá um relato mais crível. Ele foi educado, mas continua engasgado com o senador, autor da frase sobre amizades. Na alça de mira Depois de sobreviver a dois atentados, o prefeito Argemiro Silva volta hoje a Rio Maria (PA). Sem proteção da PF, retirada quando o PMDB perdeu o Ministério da Justiça, apesar dos pedidos de Jader. "Se alguma coisa acontecer, já sei a quem responsabilizar", diz. Até a FAB participa O Ministério da Saúde e o governo do Acre montaram uma operação de guerra para terminar de vacinar hoje toda a população do Estado contra a hepatite B. É tarefa inédita no país. Detalhe: 40% dos habitantes do Acre já foram infectados. Panelinha furada Apesar de Iris (PMDB-GO) ter pedido pelos afilhados, seu correligionário Bezerra (Integração) demitiu a turma que Ovídio deixara nas áreas de irrigação e de defesa civil do ministério. A bancada goiana promete dar o troco no Congresso. Tensão no ar Ao contrário do que ocorria no governo petista de Cristovam Buarque, Joaquim Roriz (PMDB) está disposto a radicalizar se as marchas sobre Brasília previstas para agosto e setembro insistirem em não cumprir as suas determinações. Dia das pressões Michel Temer almoça na segunda com todos os presidentes das Assembléias e janta com todos os presidentes regionais da OAB. O presidente da Câmara tenta amarrar apoio às reformas tributária e do Judiciário. União fé-capital Não foram só os ruralistas que andaram dando trabalho ao governo nesta semana. Enquanto deputados evangélicos endureciam com o presidente no Congresso, bispos visitavam ministérios fazendo lobby por seus interesses empresariais. Cintura política Armínio Fraga (Banco Central) teve um café da manhã com ACM para tentar diminuir a fritura de Malan (Fazenda). Conseguiu um refresco, nada mais do que isso. O baiano vai insistir em pedir ""sensibilidade social" à equipe econômica. Saiu da toca Quando viu Malan (Fazenda) na berlinda, Fraga (BC) partiu mesmo para a articulação política. Tinha um encontro com Inocêncio Oliveira, mas como o líder do PFL deu o bolo, acabou falando com o vice do pernambucano, Pauderney Avelino. Síndrome da tartaruga Está pegando mal no PSDB paulista a indecisão de Geraldo Alckmin. É candidato a prefeito de São Paulo, mas está demorando a assumir a tarefa. Tucanos dizem que o vice-governador é lento para tomar decisões. A conferir O deputado estadual Campos Machado, cacique do PTB paulista, diz que vai peitar a decisão da bancada federal de vetar a entrada de Pitta no partido. Na Prefeitura de SP, auxiliares de Pitta dizem que o PTB está querendo mais cargos, e por isso as instâncias da sigla jogam duplo. TIROTEIO De Luiz Antônio de Medeiros (PFL-SP), sobre o fato de o governo ter engavetado a medida provisória que criaria um fundo de aval para facilitar a concessão de créditos pelo Proger (Programa de Geração de Emprego e Renda): - Falta vontade política do governo para o Proger funcionar. Há mais de seis meses FHC disse que estudaria a implementação do fundo de aval. Não deu em nada. CONTRAPONTO Não é bom facilitar Deputado estadual em Santa Catarina, Paulo Bornhausen (PFL) esteve anteontem no Congresso, em Brasília. Numa conversa com o pai, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, foi direto ao assunto: - Papai, por que você não pede a expulsão do Hildebrando do partido? Referia-se ao deputado Hildebrando Pascoal, que é acusado de chefiar grupos de extermínio no Acre. Sabendo da fama de Hildebrando, os pefelistas prudentemente evitam tratar em público da situação do colega. - Peça você. Assine aí, que eu expulso - respondeu ironicamente o senador. Pouco depois, Paulo esteve com Inocêncio Oliveira (PFL-PE). O líder pefelista na Câmara confessou que assinou o pedido de expulsão de Hildebrando do partido meio ressabiado. Desolado, Paulo Bornhausen concluiu: - Pelo jeito, as assinaturas do pedido de expulsão serão todas ilegíveis! Próximo Texto: Contas Públicas: Após pregar calote, ACM sugere lei de precatórios Índice |
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