São Paulo, Terça-feira, 14 de Setembro de 1999
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ESTADOS

Governo recua e, após endurecer, resolve negociar com os policiais grevistas

PB apresenta proposta para PMs

free-lance para a Agência Folha,
em João Pessoa

O governo da Paraíba recuou e decidiu, depois de oito dias de greve, apresentar uma proposta de negociação salarial aos policiais militares do Estado.
O governador José Maranhão (PMDB) havia dito anteriormente que não negociaria com os grevistas e que não reconhecia a paralisação.
Há PMs acampados na praça João Pessoa, em frente ao Palácio da Redenção (sede do governo estadual). Eles querem reajustes que variam de 57% a 62,8% sobre o soldo (salário base). Um PM em início da carreira recebe R$ 136,00.
A um grupo de deputados, que tentou intermediar uma saída para o fim da greve, Maranhão disse que pode conversar sobre uma pauta mínima que inclui o pagamento de horas extras para os PMs que trabalham nas ruas, o fim dos descontos da alimentação nos contracheques, compra de equipamentos de trabalho, como coletes à prova de bala e carros novos.
No final da tarde, os líderes do movimento grevista se reuniram com os deputados para discutir as propostas do governador. Até o fechamento desta edição, a reunião não tinha terminado.
Enquanto os líderes conversavam com os deputados, cerca de 500 PMs, segundo o comando de greve, saíram em passeata pelas ruas de João Pessoa, gritando palavras de ordem, como "estou com fome". A passeata tumultuou o trânsito, mas não houve confusão.


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