São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 2000

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Protesto do MST é o 3º do ano

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Pela terceira vez no ano, o MST entra em confronto direto com o governo Fernando Henrique Cardoso por divergências na condução da reforma agrária.
Desta vez, como em 2 de maio, o alvo são prédios públicos em capitais -reforçando a mudança de estratégia do MST, que não prioriza mais a invasão de terras supostamente improdutivas.
Em 25 de julho, no chamado Levante do Campo, a ação se concentrou principalmente em cidades do interior, mas espirrou para algumas capitais como Recife, onde os sem-terra tentaram queimar a carga de carga de milho transgênico que estava em um navio no porto.
As duas manifestações deixaram um saldo de três sem-terra mortos.
Em abril, na festa do Descobrimento, o MST tentou realizar o primeiro protesto do ano contra o governo, mas cerca de 4.000 sem-terra foram barrados pela polícia baiana quando tentavam chegar a Porto Seguro (BA).
No fim de junho e começo de julho, líderes do movimento dos sem-terra foram recebidos pelo governo em três encontros mediados pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Na segunda reunião, o próprio presidente Fernando Henrique sentou-se à mesa com os sem-terra para negociar uma pauta de reivindicações de 51 itens.
Na ocasião, prometeu elevar para R$ 2,1 bilhões os recursos para a reforma agrária este ano.
(ELIANE SILVA)

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