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Protesto do MST é o 3º do ano
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Pela terceira vez no ano, o MST
entra em confronto direto com o
governo Fernando Henrique Cardoso por divergências na condução da reforma agrária.
Desta vez, como em 2 de maio, o
alvo são prédios públicos em capitais -reforçando a mudança
de estratégia do MST, que não
prioriza mais a invasão de terras
supostamente improdutivas.
Em 25 de julho, no chamado Levante do Campo, a ação se concentrou principalmente em cidades do interior, mas espirrou para
algumas capitais como Recife, onde os sem-terra tentaram queimar a carga de carga de milho
transgênico que estava em um navio no porto.
As duas manifestações deixaram um saldo de três sem-terra
mortos.
Em abril, na festa do Descobrimento, o MST tentou realizar o
primeiro protesto do ano contra o
governo, mas cerca de 4.000 sem-terra foram barrados pela polícia
baiana quando tentavam chegar a
Porto Seguro (BA).
No fim de junho e começo de julho, líderes do movimento dos
sem-terra foram recebidos pelo
governo em três encontros mediados pela CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil).
Na segunda reunião, o próprio
presidente Fernando Henrique
sentou-se à mesa com os sem-terra para negociar uma pauta de
reivindicações de 51 itens.
Na ocasião, prometeu elevar para R$ 2,1 bilhões os recursos para
a reforma agrária este ano.
(ELIANE SILVA)
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