CIBELE FORJAZ
ESPECIAL PARA A FOLHA

Paulo Maluf parece, em sua performance pública, um ator. Tem um estilo de interpretação muito popular nos anos 30 e 40, o ator "canastrão", aquele ator grandiloqüente, empático, que defende durante toda a vida uma mesma personagem.
Grandioso, voz bem colocada, seguro, simpático, Maluf mantém um sorriso permanente ao falar de si e de suas obras. Ao ser atacado, responde de dedo em riste, como se fosse a atacar e não se defender.
Com "inteligência cênica", bom improvisador, é mestre em transformar questões negativas em positivas por meio de malabarismos verbais.
A máscara que mantém diante de qualquer situação, mesmo as mais desfavoráveis, é a de "homem bom", bom trabalhador, bom marido, bom cristão, bom prefeito... Sem dúvida, é "bom ator", e, como sempre, está de volta... Parece uma personagem de si mesmo.