São Paulo, sexta-feira, 14 de setembro de 2007

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Site do Senado sai do ar; serviço telefônico recebe protestos

DA REPORTAGEM LOCAL

No dia seguinte à absolvição de Renan Calheiros, a página do site do Senado saiu do ar. O serviço telefônico "Alô Senado", que registra recados da população para os senadores, também entrou em pane, em meio a troca de acusações entre o Senado e a Brasil Telecom, provedora do sistema.
O apagão impediu que senadores recebessem e-mails e mensagens. Mas na tribuna do Senado, José Agripino Maia (DEM-RN), afirmou ter recebido cerca de 7 mil e-mails, a maioria com reclamações.
Diretor adjunto do Prodasen, sistema de informática do Senado, Deomar Rosado disse que o sistema ficou fora do ar entre 10h15 e 16h15. "Por enquanto, eles [Brasil Telecom] querem dizer que não tem problema nenhum. Sabe aquela história de eu não sou culpado? Então, vamos ter que sentar à mesa e dizer "está tudo mapeado e o problema não foi causado por nós'", disse. "Nunca ficamos tanto tempo fora do ar."
A assessoria da Brasil Telecom negou que tenha causado o problema e disse que técnicos do Senado teriam reconhecido que a origem da pane não seria do provedor. Além da internet, que apresentava problemas até as 19h, o "Alô Senado" não funcionou das 16h30 às 18h30.
Mesmo assim, ontem foram recebidas 674 ligações. Geralmente, são 500. Pela manhã, o engenheiro civil Aloísio Prince, 61, tentou em vão protestar. De Minas, telefonou: "Eles disseram que o sistema tinha caído. Muito conveniente".
Teve quem achasse boa a pane. "Nós estamos levando bomba pela internet. Os e-mails que estamos recebendo são todos duros. Tenho impressão que o sistema não agüentou", disse Delcídio Amaral (PT-MS).
Renato Casagrande (PSB-ES), que recebeu entre anteontem e ontem pela manhã 2 mil mensagens, lamentou. "A pane é uma coincidência que deve ter deixado a população mais revoltada ainda, mas os meus colegas pró-Renan não pensem que escaparam", afirmou.
No fim do dia, o vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), foi hostilizado em um vôo para São Paulo. "Que vergonha, hein, senador", afirmou uma passageira. "Esse comentário não me afeta", rebateu Tião, que disse ter sido cumprimentado por dez passageiros.


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