São Paulo, sábado, 14 de outubro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ELEIÇÕES 2006 / LEGISLATIVO

Com a mulher, Collor visita o Senado vazio

Com cabelo pintado de preto e o nome de Caroline tatuado no pulso, o senador eleito por AL não quis falar de política

Quando questionado sobre como se sentia voltando à Casa que, há 14 anos, cassou seu mandato de presidente, ele riu alto e se despediu


LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-presidente Fernando Collor de Mello, 57, fez ontem sua primeira visita como senador eleito pelo Estado de Alagoas ao Congresso Nacional.
De mãos dadas com a mulher, Caroline Medeiros, 29 anos, ele visitou o plenário da Casa, vazio um dia após o feriado, e esteve em um gabinete que pode vir a ser seu, o do senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO).
Cercado por quatro seguranças, não fez nenhum comentário político, mas deu autógrafo e cumprimentou visitantes do Congresso. Quando questionado sobre como se sentia voltando à Casa que, há 14 anos, cassou seu mandato de presidente, ele riu alto e se despediu dos jornalistas que o seguiam. Ele também sorriu quando questionado sobre apoio à reeleição do presidente Lula.
De cabelos pintados de preto e o nome da mulher tatuado no pulso esquerdo, ele disse aos jornalistas "vim ver vocês", sobre o motivo da visita. Cercado por fotógrafos e cinegrafistas, brincou: "Ai meu Deus do céu (...) quero ver vocês acompanhando as corridas", referindo-se à maratona de exercícios que fazia quando presidente.
Segundo o diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, que o recepcionou, Collor manifestou o interesse de morar em um dos apartamentos cedidos a senadores, na Asa Sul da capital. A Casa da Dinda, onde ele morou como presidente, poderá ser usada nos fins de semana. "Ele fez mais um tour, para conhecer o espaço físico", disse Maia.
Único parlamentar que chegou a conversar com Collor, o senador Eduardo Siqueira Campos descreveu o ex-presidente como um homem "sereno, equilibrado", que não aparenta querer vingança.
Campos votou pelo impeachment de Collor. Ele não se reelegeu. Por isso, Collor poderá vir a ocupar o seu gabinete.


Texto Anterior: Alckmin
Próximo Texto: Afiliada do SBT no RN descumpre lei eleitoral, é multada e sai do ar
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.