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ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO
Marta diz ser política do país mais invadida em sua vida privada
Indagada se fim do casamento influenciou a derrota em 2004, ela se irrita
e diz que contou tudo o que queria sobre o assunto em seu livro lançado neste ano
Ao falar sobre isenção de ISS, a candidata discutiu com eleitora da platéia e negou que Kassab tenha sido primeiro a ter idéia
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma pergunta sobre a relação entre sua separação, em
2001, e a derrota nas urnas, três
anos mais tarde, irritou a candidata do PT à Prefeitura de
São Paulo, Marta Suplicy, que
afirmou que não irá mais comentar sua vida privada. "O
que eu queria colocar a público
sobre a minha vida privada, não
pela Folha, eu escrevi e ponto.
Esse é o comentário que eu vou
fazer e é o último que você vai
ouvir eu fazer sobre a minha vida privada. Tá lá no livro."
Em "Minha Vida de Prefeita", Marta fala de sua separação
do senador Eduardo Suplicy:
"Ninguém me defendeu.
Eduardo mostrou seu sofrimento em público e eu remoí
minhas aflições em particular.
Com isso, tornei-me a megera
da história". Ontem, a candidata reclamou da imprensa. "Não
vou me estender sobre a minha
vida privada a não ser até onde
eu queira ir, e não admito que a
Folha venha perguntar sobre a
minha vida privada além do
que já faz e já fez", disse ela.
No início da sabatina, ela
acusou a Folha de invadir sua
privacidade. "A Folha, que está
questionando tudo isso, gostaria de lembrar que quando me
separei, vivi com um repórter
do Grupo Folha, do "Agora",
com fotógrafo, uma semana, na
minha casa de dia e de noite,
para fotografar quem entrava.
Isso é invasão de privacidade."
Platéia
O público que acompanhou a
sabatina se mostrou desgostoso com alguns temas.
Marta protagonizou uma discussão sobre isenção de ISS
(Imposto sobre Serviços) com
uma mulher da platéia.
"Não foi o Kassab que colocou primeiro [a proposta de
isenção durante a campanha]",
disse Marta. "Foi sim, foi sim",
rebateu a mulher. "Não foi não,
querida, basta você consultar as
revistas, jornais e ver cronologia", respondeu a candidata.
Como a contestação continuava, Marta falou: "A senhora vai
votar, tem que pensar. Pode até
votar nele, mas vai votar sabendo quem é a pessoa. E depois
não pode dizer que não sabia".
Ao falar da participação do
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, ela lamentou não ter conseguido explorar mais sua popularidade -"Benefícios para
São Paulo com o governo Lula
foram fantásticos. Eu deveria
ter mais capacidade de transmitir às pessoas isso".
Classe média
Sobre o fato de não ter conseguido até agora avançar sobre o
eleitorado de classe média, a
candidata falou que sua rejeição talvez se dê entre a população que ascendeu socialmente:
"Muitos puderam viajar pela
primeira vez no exterior. Essa
classe média, às vezes tem um
receio de voltar a não ter [o que
tem agora] e o PT é quase como
que fizesse parte daquilo [do
passado]. Eles pensam "eu não
sou pobre. Não tenho nada a
ver com isso. Sou rico já estou
lá". Eu acho que é um pouco isso. Há uma outra parte que tem
preconceito mesmo", afirmou.
Internet
Marta foi questionada na sabatina sobre sua proposta de
promover acesso gratuito à internet sem fio, a toda a cidade.
Uma pessoa da platéia perguntou sobre a placa que as pessoas
teriam que adquirir para acesso
à rede sem fio. "A placa custa
R$ 50. É mais barato pagar uma
placa de R$ 50 do que uma taxa
mensal de R$ 60 [pela assinatura da internet]", disse Marta.
A candidata petista também
voltou a falar que pretende flexibilizar a Lei Cidade Limpa
para templos religiosos.
Assista ao vídeo da
sabatina
www.folha.com.br/0828710
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