São Paulo, quarta-feira, 14 de outubro de 2009

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Lula, o blockbuster

Em reunião ontem na sede da Força Sindical, representantes de 30 sindicatos de São Paulo e os irmãos Fábio e Paula Barreto, respectivamente diretor e produtora do filme "Lula, o Filho do Brasil", definiram que o ingresso da cinebiografia do presidente custará R$ 5 para filiados que fizerem compra antecipada até 20 de dezembro. A partir de 1º de janeiro, data da estreia nos cinemas, a apresentação da carteira do sindicato dará direito a meia-entrada (por volta de R$ 7, a depender da sala e do dia da semana).
Fábio Barreto disse que o plano de distribuição visa transformar o filme no mais visto do país. Para o pré-lançamento na Força, em 20 de novembro, a central convidou Dilma Rousseff, que ainda não deu resposta.

Escala. Também o DVD de "Lula, o Filho do Brasil" terá preço especial. Segundo Fábio Barreto, chegará à lojas por R$ 10 (contra os cerca de R$ 35 habituais de títulos novos). E a data de lançamento não será fortuita: 1º de maio.

Matinê. Lula, que hoje inicia por Pernambuco uma visita de três dias às obras de transposição do rio São Francisco, já marcou nova visita ao Estado. Será em 14 de novembro, para pré-estreia em Olinda do filme sobre sua vida.

Meio vazio... A situação PT-PMDB no Pará não está tão resolvida quanto diz a governadora petista Ana Júlia, mas melhorou bastante após a passagem de Dilma pelo Estado, no fim de semana.

...meio cheio. Um dos elementos facilitadores do entendimento é que o peemedebista Jader Barbalho, diferentemente de aliados em outros Estados, não se opõe à ideia de disputar o Senado tendo ao lado na chapa um candidato do PT -no caso, Paulo Rocha. A questão principal será como recompor a participação do PMDB no governo.

Confederados. Pelos cálculos da cúpula do PMDB, a resistência à aliança com Dilma está hoje restrita aos Estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. E os caciques avisaram ao PT que outros Estados, como Mato Grosso do Sul, Minas e Rio, ainda exigem muita conversa.

Cimento. O Ministério das Cidades recebeu ontem dados da CEF apontando salto de R$ 1 bi, em pouco menos de duas semanas, nos valores contratados pelo Minha Casa, Minha Vida. A previsão é que o programa para construção de 1 milhão de casas consuma R$ 34 bi em subsídios, com repasses da União e o FGTS.

Tactel 1. No final de 2003, o governo Lula manifestou pela primeira vez a ideia de distribuir uniformes escolares. Cristovam Buarque (PDT-DF), então ministro da Educação, falava em contemplar 38 milhões de crianças, Agora, seriam 50 milhões.

Tactel 2. A meta de Cristovam, porém, nunca saiu do papel. Meses depois, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação cancelou o pregão para contratar a empresa que confeccionaria as peças. O menor preço oferecido era 70% superior ao que o governo planejava gastar.

Prospecção. Emisssários do Planalto sondaram a receptividade de ministros do Supremo Tribunal Federal ao nome do procurador-geral da Fazenda Nacional, Luís Inácio Adams, para ocupar o cargo de advogado-geral da União, deixado vago com a ida de José Antonio Toffoli para o STF. Não foi colhido nenhum depoimento desfavorável.

Troco. Engavetado pedido de impeachment de Yeda Crusius (PSDB-RS), seus aliados agora tentam desarquivar pedido idêntico contra o vice e inimigo, Paulo Feijó (DEM).

Visita à Folha. Ciro Gomes, deputado federal pelo PSB, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço.


com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO

Tiroteio

"Se o Serra vai lançar uma cartilha, melhor tomar cuidado com o lugar em que vão colocar o Paraguai."

Do deputado federal JOSÉ MENTOR (PT-SP), sobre a intenção do governador de lançar uma cartilha sobre gestão pública. Meses atrás, a Folha revelou que alunos da rede paulista receberam livro com mapa da América do Sul que trazia "dois Paraguais".

Contraponto

Em mil pedaços

Garibaldi Alves (PMDB-RN) presidia ontem bem-humorada sessão da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, na qual foram votados projetos sobre mudanças em regras tributárias e a liberação de empréstimos da União. De repente, surgiu uma divergência séria entre o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e o da bancada do PT, Aloizio Mercadante (PT-SP).
-Não disseram que havia acordo?- reagiu Garibaldi.
Jucá e Mercadante responderam que sim, mas em seguida intensificaram o debate, agora discutindo detalhe por detalhe. Garibaldi jogou a toalha:
-Ah, entendi... É um acordo em pedacinhos...


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