São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 2002

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PMDB volta a ser a maior sigla no Senado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador do Pará Luiz Otávio (até ontem PPB) assinou ontem ficha de filiação ao PMDB, tornando a bancada do partido majoritária no Senado e reforçando a candidatura do líder Renan Calheiros a presidente da Casa. Com isso, o PMDB passa a ter 20 senadores, um a mais do que o PFL.
Renan ainda negocia a filiação de outros três senadores antes da posse do novo Congresso e da eleição da futura Mesa Diretora, em fevereiro. Ele disputa com o senador José Sarney (PMDB-AP) a indicação da bancada para ser o novo presidente do Senado.
"Estou indo para que o PMDB tenha a presidência do Senado", assumiu Luiz Otávio, que apóia a candidatura de Renan. Segundo ele, estão "superadas" as divergências com o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) -presidente do partido no Estado e recém-eleito deputado federal-, a quem classificou como "ex-adversário" político.
O presidente do PMDB, Michel Temer, foi convidado por Renan para prestigiar a filiação de Luiz Otávio. Renan criou um fato político, dando caráter partidário e institucional à sua candidatura.
Para bombardear a candidatura de Sarney, a cúpula do PMDB o acusa de não agir partidariamente. Sua candidatura a presidente do Senado é vista mais como um projeto pessoal do que partidário. Um dos argumentos usados é o fato de os filhos de Sarney -a ex-governadora Roseana Sarney (MA), eleita senadora, e o ex-ministro Sarney Filho (MA), eleito deputado- serem do PFL.
Sarney tem dito que quer presidir o Senado para ajudar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a quem apoiou desde o primeiro turno da eleição. Por divergências pessoais com o governo Fernando Henrique Cardoso, contrariou a cúpula do PMDB, que se coligou ao PSDB em torno da candidatura do senador José Serra (PSDB).
Lula e o PT não fizeram acenos públicos de apoio a Sarney. José Dirceu, presidente do PT, e líderes petistas afirmaram a Temer e Renan que não há preferências por nomes e que o PT vai apoiar o indicado pela bancada do PMDB. (RAQUEL ULHÔA)


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