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PMDB volta a ser a
maior sigla no Senado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador do Pará Luiz Otávio
(até ontem PPB) assinou ontem
ficha de filiação ao PMDB, tornando a bancada do partido majoritária no Senado e reforçando a
candidatura do líder Renan Calheiros a presidente da Casa. Com
isso, o PMDB passa a ter 20 senadores, um a mais do que o PFL.
Renan ainda negocia a filiação
de outros três senadores antes da
posse do novo Congresso e da
eleição da futura Mesa Diretora,
em fevereiro. Ele disputa com o
senador José Sarney (PMDB-AP)
a indicação da bancada para ser o
novo presidente do Senado.
"Estou indo para que o PMDB
tenha a presidência do Senado",
assumiu Luiz Otávio, que apóia a
candidatura de Renan. Segundo
ele, estão "superadas" as divergências com o ex-senador Jader
Barbalho (PMDB-PA) -presidente do partido no Estado e recém-eleito deputado federal-, a
quem classificou como "ex-adversário" político.
O presidente do PMDB, Michel
Temer, foi convidado por Renan
para prestigiar a filiação de Luiz
Otávio. Renan criou um fato político, dando caráter partidário e
institucional à sua candidatura.
Para bombardear a candidatura
de Sarney, a cúpula do PMDB o
acusa de não agir partidariamente. Sua candidatura a presidente
do Senado é vista mais como um
projeto pessoal do que partidário.
Um dos argumentos usados é o
fato de os filhos de Sarney -a ex-governadora Roseana Sarney
(MA), eleita senadora, e o ex-ministro Sarney Filho (MA), eleito
deputado- serem do PFL.
Sarney tem dito que quer presidir o Senado para ajudar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a
quem apoiou desde o primeiro
turno da eleição. Por divergências
pessoais com o governo Fernando Henrique Cardoso, contrariou
a cúpula do PMDB, que se coligou
ao PSDB em torno da candidatura
do senador José Serra (PSDB).
Lula e o PT não fizeram acenos
públicos de apoio a Sarney. José
Dirceu, presidente do PT, e líderes
petistas afirmaram a Temer e Renan que não há preferências por
nomes e que o PT vai apoiar o indicado pela bancada do PMDB.
(RAQUEL ULHÔA)
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