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PSB e PPS esperam
convite de petista
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
Lideranças do PSB e do PPS indicaram ontem que esperam apenas um convite do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
para participar do governo.
Pela manhã, a Executiva nacional do PSB, em reunião em Brasília, declarou apoio ao governo Lula, apesar de ter deixado claro que
há divergências entre o projeto do
partido e a plataforma petista
-na definição do valor do salário
mínimo, por exemplo.
"Apoiamos Lula pelo fato de ele
ter sido uma figura próxima de
nossa história durante muito
tempo. Agora, a questão de participar ou não do governo depende
apenas do PT", declarou o presidente da legenda, Miguel Arraes.
Também presente à reunião, o
candidato derrotado à Presidência pelo partido, Anthony Garotinho, afirmou que o apoio é "incondicional". "Nossas divergências permanecem. Continuo defendendo, como na campanha,
um salário mínimo de R$ 280,
mas essa decisão agora é dos petistas", afirmou.
Também no PPS, do ex-presidenciável Ciro Gomes, houve indicações de que um aceno de Lula
seria bem-vindo. Lideranças do
partido deverão levar a dirigentes
petistas, nos próximos dias, um
documento por escrito explicitando o interesse do partido em
integrar a base do futuro governo.
"Apitamos o pênalti, resta ao
Lula decidir se vai cobrar", resume o líder do partido na Câmara,
João Herrmann, mas reitera que o
partido não está pedindo cargos.
PTB
O presidente do PT, José Dirceu,
reuniu-se com líderes do PC do B
e do PTB e convidou ambas as legendas a participar do governo,
mas disse não ter tratado de cargos. "A questão da composição
do governo ficará para a semana
que vem. O momento é de construir uma base de governabilidade no Congresso", declarou.
O presidente do PTB, José Carlos Martinez, afirmou que recebeu o convite de Dirceu para integrar o governo com "humildade".
"Vamos avaliar. Se for para participar do governo, queremos fazer
com técnicos experientes", disse.
(FÁBIO ZANINI)
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