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Convocado há mais de dois meses, Okamotto depõe na CPI na quarta
DA REDAÇÃO
Mais de dois meses após aprovada sua convocação, em 30 de
agosto, Paulo Okamotto, presidente do Sebrae, presta depoimento à CPI dos Bingos nesta
quarta-feira, a partir das 10h30.
Okamotto, ex-tesoureiro do PT,
afirmou ter pago em quatro parcelas um empréstimo de R$ 29,4
mil concedido pelo PT ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A comissão no Senado suspeita,
no entanto, que o dinheiro que
pagou a dívida tenha saído de
contas do empresário Marcos Valério, acusado de operar o "mensalão". Okamotto nega.
Em agosto, quando veio à tona
que Okamotto havia quitado o
empréstimo do PT ao presidente
Lula -e que não havia dito nada
a este sobre a operação para "não
encher seu saco"-, a assessoria
do Planalto disse que Lula não tinha conhecimento da dívida nem
de seu pagamento.
No mesmo mês, foi identificado
que para o pagamento do empréstimo, realizado entre dezembro de 2003 e fevereiro de 2004,
foram utilizadas quatro agências
bancárias, localizadas em três
bairros diferentes de São Paulo.
Isso levou a CPI dos Bingos a
acreditar que o dinheiro utilizado
teria saído do esquema montado
por Marcos Valério e pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares para alimentar o caixa dois do PT.
Okamotto disse, à época, que
fez saques em suas contas bancárias em datas e valores não coincidentes com os das parcelas da dívida de Lula com o PT. O dinheiro
teria sido repassado direto ao PT.
O presidente do Sebrae, nomeado ao cargo por Lula, afirma que
não tem provas de que pagou a dívida contraída no PT.
Amigo de Lula desde os tempos
de sindicato em São Bernardo do
Campo (SP) e um dos coordenadores de sua campanha à Presidência em 1989, em um primeiro
momento Okamotto chegou a se
recusar a reconhecer a dívida, segundo o PT. Depois a quitou em
quatro vezes, todas em dinheiro.
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