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"Nova mulher" intrigou Levy
DA REDAÇÃO
Aos 30 anos, pouco conhecida e sem grandes destaques em sua carreira ou formação, a jornalista Ariel
Levy só queria começar uma
discussão: por que suas amigas a estavam convidando
para ir a shows de strippers e
suas vizinhas adolescentes
promoviam performances
ao beijar todos os meninos
da turma de uma vez?
Aós dezenas de entrevistas, a americana criada na
minúscula Larchmont, Nova York, acabou concluindo
que nem todas as mulheres
estavam tão satisfeitas com o
novo papel, mas ainda assim
o reproduziam sem pensar,
mecanicamente.
Mais do que respostas,
com seu estilo divertido, a
redatora da New York Magazine conseguiu atiçar uma
polêmica latente. Chegou à
lista de mais vendidos do
"New York Times", e à de recomendações dos editores.
Ganhou até uma coluna do
renomado William Safire.
Mas nem todo mundo concorda com seus argumentos.
"Acho que um dos motivos do sucesso do meu livro
é o fato de haver um ponto
de vista oposto, gente que
acha que é tudo normal, que
isso mostra na verdade um
avanço das mulheres", diz.
Há gente citando-a na imprensa americana já como
"a nova e provocativa voz"
do pós-feminismo". Se há
fôlego para continuar e tentar promover alguma mudança? Ela responde: "Não
sei mais o que fazer além de
começar a discussão".
(LC)
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