São Paulo, segunda-feira, 14 de novembro de 2005

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"Nova mulher" intrigou Levy

DA REDAÇÃO

Aos 30 anos, pouco conhecida e sem grandes destaques em sua carreira ou formação, a jornalista Ariel Levy só queria começar uma discussão: por que suas amigas a estavam convidando para ir a shows de strippers e suas vizinhas adolescentes promoviam performances ao beijar todos os meninos da turma de uma vez?
Aós dezenas de entrevistas, a americana criada na minúscula Larchmont, Nova York, acabou concluindo que nem todas as mulheres estavam tão satisfeitas com o novo papel, mas ainda assim o reproduziam sem pensar, mecanicamente.
Mais do que respostas, com seu estilo divertido, a redatora da New York Magazine conseguiu atiçar uma polêmica latente. Chegou à lista de mais vendidos do "New York Times", e à de recomendações dos editores. Ganhou até uma coluna do renomado William Safire. Mas nem todo mundo concorda com seus argumentos.
"Acho que um dos motivos do sucesso do meu livro é o fato de haver um ponto de vista oposto, gente que acha que é tudo normal, que isso mostra na verdade um avanço das mulheres", diz.
Há gente citando-a na imprensa americana já como "a nova e provocativa voz" do pós-feminismo". Se há fôlego para continuar e tentar promover alguma mudança? Ela responde: "Não sei mais o que fazer além de começar a discussão". (LC)


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