São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 2006 |
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Toda Mídia Nelson de Sá "Como é possível?"
As colunas de investimentos de "Observer" e "FT", ecoando "Le Monde" dias antes, foram entrevistar "o mercado" e ele se derramou pela América Latina. "Os investidores estão aplaudindo o progresso de países como Brasil e México." Até "apenas cinco anos atrás" a rotina era saltar "de crise inflacionária a dramática desvalorização", mas "nos últimos anos eles bateram até tigres asiáticos". E "mais bons tempos vêm aí".
O "Observer" registra que a Nicarágua, apesar de Daniel Ortega "insistir que mudou" e deixou "para trás seus dias de revolucionários", é vista com "ceticismo pelos investidores". Não por Álvaro Vargas Llosa, no artigo "Viva o Capitalismo!", ontem no "New York Times" (ilustração à dir.). Ele ironiza como Oliver North desceu em Manágua dias atrás e pediu aos nicaragüenses que votassem no Partido Liberal Constitucionalista, dos ex-contras, contra Ortega. Só que eles "há sete anos são aliados dos sandinistas". Ortega "traiu seu próprio credo" e, católico como nunca, se casou no ano passado "em cerimônia presidida por seu velho inimigo, o cardeal Miguel Obando". Ele agora quer investimentos "contra a pobreza", não desapropriação. Está mais para a "esquerda vegetariana" de Brasil, Chile, Panamá e Uruguai que para a "carnívora", da Venezuela. NEOPRAGMÁTICOS Richard Lapper, editor de América Latina do "FT", avalia que os EUA pós-eleição vão "mudar para o pragmatismo" na relação hemisférica. O primeiro sinal viria na Nicarágua, "onde devem tentar negociar com os sandinistas". O outro sinal de abordagem menos "ideológica", noticiado sexta-feira pelo "USA Today", foi a suspensão do veto aos treinamentos militares conjuntos com 11 países da região -que vinham se aproximando da China, para sua defesa. IOWA E O BRASIL A coluna de política externa do "Valor" avalia que é "precipitado afirmar que os EUA saíram mais protecionistas das eleições". A relação comercial dos EUA com o Brasil, "como disse a representante comercial Susan Schwab ao ministro Celso Amorim" dias atrás, já seria "bipartidária". Mas a vitória dos democratas em Iowa, Estado-chave, ainda pode levar a Casa Branca a uma lei agrícola (farm bill) "retrógrada" em 2007. DA CHINA Sombra regional para os EUA, até mesmo militar, a China da montadora Chery "fará carros no Uruguai e mira Brasil", como destacaram o "Valor" na sexta-feira e o "Wall Street Journal", ontem. No "WSJ", o título diz que a China "mira América Latina" -e o texto registra que também a Índia da Tata Motors fará carros na região, na Argentina. E ambos um dia "poderão exportar ao mercado americano", notou o "WSJ". BOOM DOS BRICS Tem mais. Segundo o "WSJ", em reportagem de primeira página, também ontem, a japonesa Toyota, que já é a segunda montadora do mundo e se prepara para passar a General Motors, anunciou num "documento confidencial" que as suas prioridades na próxima década são os quatro países ditos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China). O planejamento prevê novas fábricas e até um modelo de baixo custo, só para saciar o "boom dos emergentes". A BATALHA
Mais do "FT", sob o título "A batalha pelas telecoms brasileiras", sobre o que pode resultar do atual confronto:
Fátima Bernardes, em nova fase: "Começou o julgamento de Wellington Silva, acusado de, contratado por fazendeiro, assassinar o sindicalista Dezinho. Trabalhadores rurais do Pará acompanham." Texto Anterior: Mobilização rural: Integrantes do MST fazem marcha de Arroio dos Ratos a Eldorado do Sul Índice |
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