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Prisões não eram necessárias, diz assessor jurídico
DA AGÊNCIA FOLHA
O assessor jurídico da Famem (Federação dos Municípios do Maranhão), Francisco Campelo Filho, acompanhou o depoimento dos
prefeitos presos ontem na
Operação Rapina e disse que
ainda estava levantando informações sobre as suspeitas
contra eles.
"Precisamos saber do que
estão sendo acusados e, a
partir daí, definir medidas
viáveis. Por parte dos prefeitos, no entanto, eles não devem temer o processo [de investigação]."
O assessor jurídico disse
que orientou os investigados
a se apresentarem à Polícia
Federal. Afirmou que as
prisões não eram necessárias, pois a própria PF afirmou que já investiga o caso
há mais de um ano e que já
tem provas.
O presidente da Famem,
Cleomar Tema, prefeito de
Tuntum, também foi preso
ontem. Segundo Campelo
Filho, ele iria se apresentar à
polícia em Teresina, quando
foi detido na estrada pela Polícia Rodoviária Federal e
encaminhado a São Luís.
A Folha procurou os contatos das empresas maranhenses de contabilidade
Eplan e Ecoplan, apontadas
pela Polícia Federal como
cabeças do esquema, mas localizou apenas empresas homônimas na área de engenharia e de contabilidade em
outros Estados. A reportagem telefonou para essas
empresas para saber se tinham filiais no Maranhão, o
que foi negado.
A reportagem não conseguiu falar com representantes de outras empresas investigadas. Na Remax Distribuidora, do Piauí, uma recepcionista não transferiu a
ligação para a diretoria e disse que apenas a unidade da
empresa no Maranhão poderia falar sobre o caso. A Folha não localizou contatos da
empresa nesse Estado.
Na empresa Janifarma,
uma funcionária desligou o
telefone após a reportagem
se identificar. A empresa
Qualimax não foi localizada.
(SÍLVIA FREIRE, CÍNTIA ACAYABA e TALITA BEDINELLI)
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