São Paulo, terça-feira, 15 de janeiro de 2008

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Na corte de Fidel




"Granma", "Juventud Rebelde", Prensa Latina. Pela cobertura estatal, o mesmo enunciado e um relato de agenda, ditado: "a visita contribuirá para aprofundar relações de amizade e cooperação existentes entre os dois países." Não, nada de Fidel com Lula. E em lugar da crítica recente do cubano ao brasileiro, pelo etanol, uma carta saudando a reeleição -enviada em 2006.
A BBC Brasil ouviu "diplomatas brasileiros", para quem "o encontro é certo" e "Fidel já não tem falado sobre o etanol". Mas a corte prossegue com a Agência Brasil indicando acordo em petróleo, a Reuters Brasil dando na manchete que "Lula oferece US$ 1 bi" etc.

"WIND OF CHANGE"

Bill Butcher/economist.com


Mais "Economist" e os emergentes. No editorial "Vento de mudança" e na longa reportagem "Os desafiantes", relata que "a globalização está criando nova classe de empresas", mas afirma que "deveriam lutar mais por ela", a globalização -ou pela abertura de seus países a produtos industriais, em Doha.
Na maioria e na ilustração (acima), os casos citados de "multinacionais emergentes" vêm da Índia, como a Tata, que chamou a atenção na semana com novo modelo de carro, da China e do Brasil (Embraer, Sadia, Perdigão).

ZEITGEIST
"Grandes bancos como o Citigroup", escreve professor de Yale no "Financial Times", correm atrás de "governos estrangeiros" para sobreviver. É o "zeitgeist do capitalismo de estado" -o "espírito do tempo" em que Brics e outros avançam sobre as finanças, a energia, em tendência oposta à "era do livre mercado guiada por Margaret Thatcher". Ele não vê como um "progresso".

EM REAIS
Já o "New York Times" deu longa reportagem dizendo que "países como o Brasil, o México e a Rússia" estão recomprando as suas dívidas em dólar para lançar novos papéis, agora "em reais, pesos e rublos". E investidores de Wall Street confirmam que, para "investir nos mercados" emergentes, têm comprado "em muitos casos" -como o T. Rowe Price Fund, no Brasil.

EM ANO ELEITORAL
A febre amarela saiu da manchete dos telejornais e dos sites, para dar lugar às enchentes que chegaram à cidade de São Paulo. "Jornal da Record" e outros da rede deram imagens de toda a capital, algumas ao vivo e exasperantes. Já o "Jornal Nacional", depois de abrir longamente com Peruíbe e outras cidades do litoral, deu algumas cenas de alagamento na Marginal Pinheiros -e daí para o trânsito.
O dia todo, foi o destaque do agregador Google Notícias.

DESABAMENTO
Na "+ lida" da Folha Online, "Audiência de "BBB 8" desaba em relação ao "BBB 7'". Foram 27 pontos contra 36 da versão anterior, no domingo inicial.
E o Ministério da Justiça tem ouvido "reclamações contra abuso de álcool" etc.

SEM RIGOR
Segundo o site Tela Viva, o mesmo Ministério da Justiça deu mais três meses para as redes se adaptarem aos fusos.
E a Casa Civil, depois de prever "rigor" na renovação das concessões, "chegou a acordo" com Hélio Costa.

"Fantástico"
BOATOS GLOBAIS
O site Global Voices Online linkou as reações da blogosfera a Central de Boatos, quadro do "Fantástico" que emula o novo humor de TV dos EUA. Na estréia, confundiu-se às notícias de ataque sem trégua a Hugo Chávez




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@ - Nelson de Sá


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