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FAO dá US$ 1 mi
a programa e
rebate críticas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para o diretor da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), Jacques Diouf, o programa Fome Zero transformou o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva num líder mundial e permitiu seu organismo pressionar por metas mais ambiciosas
de redução da fome no mundo.
"Nos parece que a vontade
política brasileira [de combater
a fome] nos dá, não apenas a
oportunidade, mas o dever ético e moral de sermos mais ambiciosos [nas metas de redução
da fome mundial]", disse
Diouf, em entrevista após almoçar com Lula e ministros.
O diretor da FAO pretende
levar adiante a proposta que
Lula fez no Fórum Econômico
Mundial, em Davos, de criar
um fundo internacional para o
combate à fome.
Diouf esteve em Brasília ontem para a assinatura de três
convênios entre o Brasil e a
FAO, no valor de US$ 1 milhão.
Os projetos prevêem a cooperação técnica para adequar
programas existentes ao Fome
Zero e aumentar a eficácia da
agricultura familiar.
Mais importante que o dinheiro, que representa pouco
perto do orçamento de R$ 1,8
bilhão do Fome Zero, foi o
apoio político que Diouf deu a
Lula. "Há somente 45 dias temos um governo que pela primeira vez no mundo fixou como prioridade que cada membro do país faça três refeições
por dia", afirmou Diouf.
Sobre as críticas ao programa, respondeu não conhecer
no mundo um projeto melhor
e ter autoridade para falar, pois
acompanhava o combate à fome nos 184 países. Ele afirmou
que as dificuldades orçamentárias do programa não foram
criadas no atual governo.
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