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São Paulo, sábado, 15 de fevereiro de 2003

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Fundo privado pode financiar empresas e quebrar países

DA REDAÇÃO

O lobby do mercado financeiro pelo reforço do mercado de capitais por meio da reforma da Previdência está longe de ser meramente político. Os argumentos, apresentados ontem entre outros pelo economista Carlos Rocca, centram-se nas idéias de que o Estado perdeu a capacidade de investir, o financiamento externo é limitado e instável, os bancos emprestam pouco e a custos altos, o mercado de ações é pífio.
A fim de baixar o custo de capital seria necessário cortar gasto público e juro, criar leis que protejam os acionistas e fundos de poupança.
Uma grande fonte desses fundos seria a previdência privada. Os fundos de pensão das empresas estatais são acionistas de grandes empresas. O grande problema da transição de um sistema de previdência com maior participação privada são os custos.
O trabalhador da ativa hoje banca o benefício do aposentado. Se passa a contribuir para fundos privados, grosso modo o Estado fica sem recursos para pagar aposentadorias. Na Argentina, tal reforma previdenciária foi uma grande causa da quebra do Estado e da crise econômica e política. De resto, os aposentados do sistema privado recebem seus direitos como deveriam.


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