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SAIBA MAIS
Fundo privado pode financiar empresas e quebrar países
DA REDAÇÃO
O lobby do mercado financeiro pelo reforço do
mercado de capitais por
meio da reforma da Previdência está longe de ser meramente político. Os argumentos, apresentados ontem entre outros pelo economista Carlos Rocca, centram-se nas idéias de que o
Estado perdeu a capacidade
de investir, o financiamento
externo é limitado e instável,
os bancos emprestam pouco
e a custos altos, o mercado
de ações é pífio.
A fim de baixar o custo de
capital seria necessário cortar gasto público e juro, criar
leis que protejam os acionistas e fundos de poupança.
Uma grande fonte desses
fundos seria a previdência
privada. Os fundos de pensão das empresas estatais
são acionistas de grandes
empresas. O grande problema da transição de um sistema de previdência com
maior participação privada
são os custos.
O trabalhador da ativa hoje banca o benefício do aposentado. Se passa a contribuir para fundos privados,
grosso modo o Estado fica
sem recursos para pagar
aposentadorias. Na Argentina, tal reforma previdenciária foi uma grande causa da
quebra do Estado e da crise
econômica e política. De resto, os aposentados do sistema privado recebem seus direitos como deveriam.
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