DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os tesoureiros do PT afirmam que separam as finanças públicas das partidárias.
"O partido é pequeno e minha atuação na tesouraria é muito limitada", diz Leontino Pereira de Sousa, tesoureiro do PT em Tocantins e superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Estado.
Entre 2005 e 2007, Sousa gastou R$ 7.775,78 no aluguel de balsas, compras em papelarias e aquisição de material de construção: "Quando a pessoa tem compromisso com o que faz e zelo pelo dinheiro público, não há problema nenhum".
O superintendente da Secretaria da Pesca no Amazonas, Estevam Ferreira da Costa, tesoureiro do PT em seu Estado, diz que usou os R$ 8.900 sacados do cartão em 2007 para organizar um seminário no Amazonas e pagar combustível para barcos: "Sou uma pessoa conhecida no Estado, tenho uma história de 28 anos trabalhando com as comunidades rurais. Sei separar uma coisa da outra".
A Secretaria Especial de Políticas para Mulheres informou que Laisy Moriere, que foi tesoureira do PT em Goiás até dezembro, detém o cartão "em razão de seu cargo e atribuições de assessora especial da ministra", que lida com a agenda e gastos de viagem". A secretaria diz que ela "é servidora pública há mais de 20 anos e desempenha de maneira inteiramente correta suas atribuições".
A Secretaria da Pesca disse que todas as indicações de cargos de chefia nos Estados são políticas, mas que praticamente todos os superintendentes estaduais são pessoas "afeitas à área de aqüicultura e pesca".
O Ministério do Desenvolvimento Agrário diz que "não há vedação na legislação ao fato [do detentor do cartão ter militância partidária] e o ministério não faz controle da atividade partidária dos seus membros. Caso haja uma orientação dos órgãos de controle, o ministério fará o devido levantamento para providências". (FZ)


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