São Paulo, sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Tupi e a Halliburton

Logo cedo, no Terra Magazine, "Furtadas informações confidenciais da Petrobras". Eram "os dados de pesquisas que levaram às megadescobertas". Foi durante transporte a cargo da gigante americana Halliburton. Daí para outras manchetes on-line, da Reuters Brasil ao site de "O Estado de S. Paulo", em enunciados como "Furto de dados envolve Halliburton" na Folha Online. A empresa avisou depois que "não vai se pronunciar agora, não tem o que pronunciar".
O G1, da Globo, não acreditou muito, "Petrobras se queixa de furto de dados". O iG, de outro lado, "Petrobras anuncia furto de dados". Ecoou pelo mundo, em despachos da Associated Press, "Roubam informação da Petrobras", da Efe, "Roubam informação valiosa sobre as recentes descobertas da Petrobras" etc.

GRANDE ACHADO
A Unidade de Inteligência da "Economist" postou seu novo relatório "Uma grande descoberta de petróleo". Diz que o papel do Brasil como produtor deve "crescer dramaticamente", ele que "já é relativamente importante", e que a Petrobras vai "se beneficiar enormemente" de Tupi "e seus irmãos", tipo Júpiter.

CRÉDITO, CPMF
A unidade da "Economist" vem divulgando semana a semana relatórios sobre o país. Os anteriores foram sobre o "boom de crédito", intitulado "Dê crédito a eles", e sobre a queda da CPMF. Neste, diz que, se cortar e vencer os apuros, o Brasil vai "estimular a confiança dos investidores".

GIGANTE ETC.
A longa reportagem do "Los Angeles Times" sobre a Petrobras em sua "busca global por poder" vem sendo reproduzida em outras partes dos EUA -como ontem, no "Houston Chronicle", do Texas. No enunciado, "espírito de risco põe Petrobras na liga das grandes", ela que seria "bela exceção" na América Latina.

GP VS. PETROBRAS
E o "Clarín" deu ontem que o grupo argentino Eurnekian se juntou ao grupo brasileiro GP para fazer uma proposta de compra à Exxon latino-americana. Concorre contra Petrobras e outras. O executivo do Eurnekian posou com Cristina Kirchner na Casa Rosada, no anúncio da proposta.

economist.com
"YES, YOU CAN, BUT..."
A nova "Economist" se pergunta, sobre a "esperança" por Obama, "Mas ele pode entregar?". Diz que "é hora de avaliar o potencial presidente e não o fenômeno". Ironizando que, "Sim, você pode, mas não imediatamente", afirma que traria unidade, mas também "esperanças elevadas demais"


OBAMA, O RASCUNHO
No esforço geral de decifrar o "rascunho do rascunho da diplomacia" de Barack Obama, Paulo Moreira Leite, do iG, relatou evento em que ele prometeu fazer da América Latina mais do que "parceira júnior". O blogueiro, aliás, notou semelhanças entre o "Yes, We Can" e o "Lula-lá".
De seu lado, Luiz Carlos Azenha, agora em site próprio, tratou do "mais influente assessor de Obama, Zbgniew Brzezinki", que em livro recente prega "fortalecimento de um sistema de cooperação" e "o combate à desigualdade".

O PROTECIONISTA
John Zogby, do instituto de pesquisa, postou na BBC que não, o jogo não acabou. Aqui e ali, outros dizem o mesmo.
Por via das dúvidas, Obama fez campanha em Winsconsin com discurso protecionista, "pesado no comércio" até com a América Latina, como notaram "Nation" e outros.

A INCENDIÁRIA
Já Hillary Clinton prepara "passos incendiários", diz o "New York Times". Vai agir "mais agressivamente, com novos comerciais de TV", diz o "WP". Mas ainda foi pouco além de cobrar mais debate.
E já se espalham análises sobre o responsável por sua eventual derrota -o marido.

DIMENSÃO GLOBAL
O chanceler Celso Amorim encontrou "presidentes" e "reis" no Oriente Médio, sob intensa cobertura, inclusive entrevista ao "El País" sobre "a dimensão global" do país. Ontem, os enunciados foram de acordos com Israel, no "Jerusalem Post", e Palestina, na agência Brasil-Árabe.


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@ - Nelson de Sá



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