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Barões do marketing político assumem publicidade em SP
Duda Mendonça, Nizan Guanaes e Fernando Barros são responsáveis por contas do governo do tucano José Serra
De olho na eleição de 2010,
interlocutores do tucano
dizem que o publicitário Luiz
González não seria o ideal
para campanha fora de SP
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Nomes expressivos do marketing político, os baianos Duda Mendonça, Nizan Guanaes e
Fernando Barros se lançaram
em disputa pelas contas de publicidade do governo do Estado
de São Paulo.
Num momento em que o governador José Serra lidera as
pesquisas para a Presidência da
República, as agências desses
publicitários -a Duda Mendonça & Associados Propaganda, a 3P Comunicações e a Propeg- têm participado, desde o
ano passado, de concorrências
no Estado. Hoje, cada uma é
responsável por uma conta milionária na área de transportes
metropolitanos.
O movimento coincide com
outro: o de tucanos que pressionam para que Serra convide
um marqueteiro de fora de São
Paulo para o comando de sua
campanha em 2010.
Interlocutores do governador -entre eles, o presidente
nacional do PSDB, senador
Sérgio Guerra (PE), e o embaixador Sérgio Amaral- insistem
na ideia de que o jornalista Luiz
González, responsável por sua
vitória em 2004 e 2006, funciona bem em São Paulo, mas não
conhece o resto do país.
Prova disso, segundo essa linha de raciocínio, seria a derrota de Geraldo Alckmin para o
presidente Lula em 2006.
Segundo tucanos, Guerra intercedeu pessoalmente em favor de Duda, sugerindo que
Serra não feche as portas para o
publicitário, que coordenou a
comunicação da campanha de
Lula em 2002.
Nizan, por sua vez, conta com
a simpatia do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso.
Em 2002, comandou a campanha de Serra para a Presidência. Os dois romperam. No fim
de 2007, Nizan buscou uma
reaproximação com Serra, a
quem ofereceu um jantar. Apesar do desfecho da campanha
de 2002, manifestou sua admiração e elogiou o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Segundo o vice-presidente da
3P-MPM, Rui Rodrigues, a
agência decidiu participar de
concorrências em São Paulo
porque só agora oferece estrutura para contas desses porte".
Já Fernando Barros -que
tem trânsito com parlamentares do DEM e do PSDB- afirma que o volume de contratos é
atraente.
Em novembro, a Propeg, de
Barros, venceu uma concorrência para prestação de serviços
de publicidade para a CPTM.
Com prazo de seis meses, o
contrato é de R$ 14 milhões.
No dia 28 de outubro, a Duda
Mendonça foi contratada, por
outros R$ 14 milhões, para divulgação das obras de expansão
do Metrô. O contrato também é
de seis meses.
A 3P Comunicações, de Nizan, também foi contratada pelo Metrô, a R$ 11 milhões, por
um período de seis meses.
Segundo dados do Diário Oficial, as três agências participaram de outras concorrências,
incluindo as realizadas pela Secretaria de Comunicação do
Estado, além de Dersa e Sabesp.
Para a escolha das agências, o
governo adota um critério de
pontuação que leva em conta
qualificação técnica e preço.
O Metrô e a CPTM informaram, por intermédio de sua assessoria, que "o governo de São
Paulo contratou em 2008, através de licitação, cinco empresas
para executar serviços de comunicação para o Metrô e para
a CPTM. O total da verba licitada é de R$ 57 milhões. Esse investimento será feito em campanhas de esclarecimento e informação dos usuários e da população em geral, assim como
para comunicar as medidas de
modernização e ampliação da
rede de transporte coletivo sobre trilhos na região metropolitana de São Paulo, que está recebendo verbas superiores a R$
20 bilhões no período 2007-2010, aplicadas em seu Plano
de Expansão".
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