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Visita à sede da PF, onde governador está preso, vira atração de Carnaval
Leonardo Carvalho/Folha Imagem
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Fábio Peres, cunhado de Arruda, leva comida para o governador afastado do DF, preso na Superintendência da PF em Brasília
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A prisão do governador afastado do Distrito Federal, José
Roberto Arruda, virou atração
na Superintendência da PF,
em Brasília, no domingo de
Carnaval. Várias pessoas foram até o local para protestar,
levar presentes e mesmo tentar o acesso direto ao governador, preso desde sexta-feira.
Pela manhã, um homem
identificado pelos policiais
apenas como Adilson tentou
entregar um livro de poesias
intitulado "Coletânea Poética
do Guará" ao governador, mas
acabou sendo barrado na portaria pela segurança.
Paulo Wilson, que se identificou apenas como um colega
de Arruda, conseguiu entrar
na PF, levando o livro "1876",
do escritor Gore Vidal.
Outro amigo de Arruda que
o visitou neste domingo acabou barrado na porta da superintendência: o presidente interino do DEM no DF, o deputado Osório Adriano. Segundo
a PF, a entrada foi negada porque o nome do deputado não
estava registrado.
A professora Anita Grossi
também tentou fazer visita,
mas foi impedida pelos policiais. "Por que só ele? Outros
10 mil tinham que estar aqui.
Os porões do PT são piores que
os da ditadura", afirmou Anita.
O governador interino, Paulo Octávio (DEM), não visitou
Arruda desde que assumiu o
cargo após a prisão do titular.
Ontem, nenhum familiar foi
à sala que serve de cela. No começo do tarde, o cunhado de
Arruda, Fábio Peres, entregou
o almoço do governador afastado para os agentes federais,
mas saiu logo em seguida.
A avó do governador afastado também tentou visitá-lo à
tarde, mas desistiu depois que
viu os jornalistas.
O advogado Thiago Bouza
foi o único que passou mais
tempo no local. Segundo ele, o
governador está "abatido, mas
cada vez melhor". "Ele está
consciente do que está acontecendo e sabe que pode demorar [para sair]", afirmou.
Bouza é da equipe que defende Arruda no inquérito da
Caixa de Pandora. "O governador está recuperando as forças", disse o advogado.
Nas conversas com Bouza,
de acordo com o advogado, Arruda não demonstrou nenhum
interesse em saber da repercussão de sua prisão, nem dos
desdobramentos da operação
Caixa de Pandora. Eles teriam
passado o tempo conversando
sobre amenidades.
Bouza e Arruda conversaram sobre a prisão do sobrinho
do governador, Rodrigo Arantes, acusado de ser o operador
da tentativa de suborno a uma
testemunha do mensalão do
DEM. Segundo Bouza, Rodrigo, que está no presídio da Papuda, está "muito bem".
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