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Helena diz não aceitar controle de convicções
DA REPORTAGEM LOCAL
A senadora Heloísa Helena
(PT-AL) afirmou ontem à tarde,
ao deixar a reunião da Executiva
Nacional do PT, em São Paulo,
que as prévias para a escolha dos
candidatos do partido são necessárias para aprimorar o debate e
que não irá aceitar o controle de
"convicções ideológicas".
"Nós esperamos que as prévias
aconteçam conforme manda a
tradição partidária, com muito
debate político, qualificado internamente e na sociedade", disse a
senadora, que pertence à chamada ala radical do PT.
Questionada sobre a declaração
do presidente do PT, José Genoino, de que os debates em torno
das candidaturas devem ter "temperatura morna", a senadora recorreu à sua formação cristã.
"Morno é complicado porque
eu sou cristã. Esse negócio de
morno para os cristãos é sempre
complicado. O camarada Jesus
Cristo dizia: "O quente ou o frio. O
morno, vomite", afirmou.
"Eu sinceramente não sei porque agora se instituiu um delírio
persecutório em relação ao debate da prévia", completou ela.
O secretário-geral de organização do PT, Silvio Pereira, que irá
coordenar o grupo montado ontem para monitorar o processo
eleitoral, respondeu à senadora.
"Não há nenhum tipo de delírio.
O que nós não queremos é ficar
dando tiro no próprio pé", disse.
Ao deixar a sede nacional do PT,
no centro de São Paulo, a senadora deu autógrafos para estudantes
universitárias. "Estamos com a
senhora", disse uma delas.
Seminários
A reunião da Executiva do PT
também decidiu pela realização
de dois seminários nacionais para
que sejam debatidas a reforma da
Previdência e a política macroeconômica do partido.
Segundo Genoino, as discussões em torno das mudanças na
Previdência vão ser feitas em
maio, em Brasília.
O outro seminário, no qual será
discutida a autonomia do Banco
Central e os rumos da política
econômica do ministro Antonio
Palocci Filho (Fazenda), ainda
não tem data definida.
A senadora lamentou ontem o
fato de, segundo ela, a reunião da
Executiva não ter debatido o texto
divulgado na última quinta-feira
pelo ministro da Fazenda.
"Hoje nem se debateu os documentos que algumas almas monetárias fizeram em relação ao governo", disse.
(JAB)
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