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São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 2003

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Helena diz não aceitar controle de convicções

DA REPORTAGEM LOCAL

A senadora Heloísa Helena (PT-AL) afirmou ontem à tarde, ao deixar a reunião da Executiva Nacional do PT, em São Paulo, que as prévias para a escolha dos candidatos do partido são necessárias para aprimorar o debate e que não irá aceitar o controle de "convicções ideológicas".
"Nós esperamos que as prévias aconteçam conforme manda a tradição partidária, com muito debate político, qualificado internamente e na sociedade", disse a senadora, que pertence à chamada ala radical do PT.
Questionada sobre a declaração do presidente do PT, José Genoino, de que os debates em torno das candidaturas devem ter "temperatura morna", a senadora recorreu à sua formação cristã.
"Morno é complicado porque eu sou cristã. Esse negócio de morno para os cristãos é sempre complicado. O camarada Jesus Cristo dizia: "O quente ou o frio. O morno, vomite", afirmou.
"Eu sinceramente não sei porque agora se instituiu um delírio persecutório em relação ao debate da prévia", completou ela.
O secretário-geral de organização do PT, Silvio Pereira, que irá coordenar o grupo montado ontem para monitorar o processo eleitoral, respondeu à senadora.
"Não há nenhum tipo de delírio. O que nós não queremos é ficar dando tiro no próprio pé", disse.
Ao deixar a sede nacional do PT, no centro de São Paulo, a senadora deu autógrafos para estudantes universitárias. "Estamos com a senhora", disse uma delas.

Seminários
A reunião da Executiva do PT também decidiu pela realização de dois seminários nacionais para que sejam debatidas a reforma da Previdência e a política macroeconômica do partido.
Segundo Genoino, as discussões em torno das mudanças na Previdência vão ser feitas em maio, em Brasília.
O outro seminário, no qual será discutida a autonomia do Banco Central e os rumos da política econômica do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), ainda não tem data definida.
A senadora lamentou ontem o fato de, segundo ela, a reunião da Executiva não ter debatido o texto divulgado na última quinta-feira pelo ministro da Fazenda.
"Hoje nem se debateu os documentos que algumas almas monetárias fizeram em relação ao governo", disse. (JAB)


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