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DEFESA
Alencar diz que tratará reajuste com "carinho"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O vice-presidente e ministro da
Defesa, José Alencar, prometeu
ontem tratar o reajuste dos soldos
militares "com carinho, seriedade
e respeito", e hoje mesmo deve se
reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o chefe da
Casa Civil, José Dirceu, para discutir a questão.
No entanto, tratou de enfatizar
que não tinha conhecimento prévio da questão, já que o acordo foi
conduzido pelo ex-ministro da
Defesa José Viegas. "Não é do
meu tempo", afirmou.
José Alencar reuniu-se por cerca de duas horas com Dirceu e
com os três comandantes militares: general Francisco Albuquerque (Exército), brigadeiro Luiz
Carlos Bueno (Aeronáutica) e almirante Roberto de Guimarães
Carvalho (Marinha). Depois do
encontro, disse que "teremos novidades em breve".
Dirceu foi mais objetivo. Disse
que os ministérios do Planejamento e da Fazenda já estão estudando o valor e o momento do
reajuste para os militares, prometido desde 2004 para março deste
ano, mas não incluído na previsão
orçamentária: "[O reajuste] será
de acordo com as condições do
país e do Orçamento".
Conforme a Folha apurou, discutiu-se também a falta de investimento em equipamentos e,
quanto aos soldos, houve um
consenso entre os participantes
da reunião de ontem de que é necessário conceder algum tipo de
reajuste - que os comandantes,
aliás, convencionaram chamar de
"correção", pois alegam perdas
em relação à inflação desde 2001.
Em setembro do ano passado,
houve uma correção de 10%, com
a promessa de novo aumento
-de 23%- em março deste ano.
Fazenda e Planejamento, porém, dizem que não foram informados do reajuste. Os técnicos
alegam, inclusive, que o Orçamento já recebeu um corte de
R$ 15,9 bilhões em fevereiro e que
não há de onde tirar recursos.
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