São Paulo, sábado, 15 de abril de 2006

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PAINEL


Estágio probatório
Os programas que fará para o PT em maio podem credenciar Edson Barbosa para disputar em igualdade de condições o posto de marqueteiro principal da campanha de Lula. O ainda favorito João Santana perdeu pontos com a queda de seu cabo eleitoral, Antonio Palocci.

Árvore genealógica
Edson Barbosa procura sempre se distanciar de Duda Mendonça. Mas os dois trabalharam juntos na campanha a governador de Miguel Arraes (PE), em 1998. Duda se revezava entre várias campanhas e Barbosa ficava diretamente com o candidato.

Top of mind
Pesquisa recém-apresentada ao Planalto coloca nas alturas o "recall" de programas como Bolsa-Família, ProUni e Brasil Alfabetizado, alavancas da campanha reeleitoral.

Sem descanso
Anthony Garotinho aproveitou o feriado para intensificar contatos com candidatos a governador pelo PMDB pedindo que se manifestem a favor da candidatura própria na reunião sobre o tema que acontece na próxima semana, em Brasília.

Dupla missão
Nas conversas com caciques peemedebistas, Garotinho aproveita para bombardear a recém-lançada pré-candidatura de Itamar Franco, apontada por ele como uma estratégia do Planalto para conquistar o partido.

Batendo na madeira
Em campanha ontem em Pernambuco, Geraldo Alckmin provocou calafrios na ala supersticiosa da comitiva. Em Porto de Galinhas, segurou uma corda de caranguejos. O crustáceo, por andar para trás, é considerado símbolo de azar.

Dendê na fervura
Os carlistas, já inconformados com os passos tucanos na Bahia, não vão gostar de saber que Alckmin conversou no início da semana com o prefeito de Salvador, João Henrique (PDT). Recebeu do adversário de ACM promessa de ter mais um palanque na capital.

Novos vôos
O vereador paulistano Ricardo Montoro (PSDB) vai concorrer a uma cadeira à Assembléia Legislativa nas eleições de outubro.


Cartela premiada
A CPI dos Bingos passou a acreditar que pode dar samba o depoimento dos bingueiros angolanos Antonio de Oliveira Caio e José Paulo Teixeira, o Vadinho, marcado para a próxima quinta-feira. Os senadores negociam com os advogados a realização de sessão secreta.

Livres para contar
A CPI investiga uma suposta doação de R$ 1 milhão dos empresários do bingo para a campanha de Lula em 2002, que teria sido negociado por Antonio Palocci. Com a queda do ex-ministro, acreditam os senadores, eles podem resolver falar.

Na mesa
O STF enviou no dia 20 de março ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, o inquérito sobre irregularidades na eleição para governador do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998.

Mais elementos
Na primeira parte da denúncia do mensalão, Antonio Fernando cita "serviços delituosos" prestados ao PSDB por Marcos Valério, mas não denuncia Azeredo. Agora, com o inquérito em mãos, o procurador pode incluir o tucano na segunda fase.

Esticando a fama
Terminada a CPI dos Correios, parlamentares tentam esticar a fama. Delcídio Amaral (PT-MS) mandou editar, na gráfica do Senado, o livro "Delcídio na TV", com suas entrevistas a programas como os de Jô Soares e Serginho Groissmann.

TIROTEIO

Do presidente do PPS, Roberto Freire (PE), sobre a recusa do ex-deputado José Dirceu em falar sobre o jatinho particular que usou para ir a Minas:
-Ele se nega a explicar a rotina de jatinhos e vinhos caros, mas não escapará de responder à Justiça como chefiou o mensalão no governo Lula.

CONTRAPONTO

Reconstituição

Dias depois do assassinato da missionária americana Dorothy Stang, em fevereiro do ano passado, dezenas de repórteres-fotográficos acostumados com a cobertura política em Brasília foram deslocados para Anapu, no oeste do Pará, com a missão de acompanhar as investigações da Polícia Federal sobre o caso.
Em um dos momentos mais tensos do inquérito, os federais faziam, no meio da mata, a reconstituição do crime.
O pistoleiro Raifran das Neves, um dos acusados, apontava a arma para uma pessoa, que se fazia passar pela freira, e simulava o disparo. Aglomerados num canto, fotógrafos perderam a cena e, a exemplo do que ocorre nas solenidades em Brasília, começaram a gritar:
-Repete, Raifran, repete!
Assustado, o pistoleiro comentou com os federais:
-Pô, esse pessoal quer mesmo me incriminar!


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