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Oposição faz pacto contra 3º mandato e fim da reeleição
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Temendo a possibilidade de
um terceiro mandato para o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), a oposição decidiu
ontem barrar a discussão de
qualquer mudança no sistema
eleitoral no Congresso. Numa
reunião também marcada por
queixas dos democratas quanto
ao governador de São Paulo,
José Serra, PSDB e DEM articularam a obstrução, especialmente no Senado, da proposta
que prevê o fim da reeleição e a
fixação de um mandato de cinco anos no país.
À saída da reunião, o presidente do DEM, Rodrigo Maia
(RJ), repetiu argumento usado
lá dentro pelo ex-senador Jorge
Bornhausen (DEM-SC).
"A mudança beneficiaria A, B
ou C. Não há motivo para que
esses casuísmos que estão aparecendo nas palavras de petistas e aliados sejam transformados em realidade no Congresso", justificou Maia, afirmando
que "na hora que se caminha
para o terceiro mandato, se diz
"pode ser candidato por quantos mandatos quiser'" .
"Qualquer mudança nesta
área, não vamos votar. É casuísmo", afirmou o presidente do
PSDB, Sérgio Guerra (PE).
Na reunião, os democratas
reclamaram da participação de
Serra em ato em apoio à candidatura do PSDB em Salvador.
Lá, o líder do DEM na Câmara,
Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), é candidato. Sob pressão, o PSDB concordou em definir o que Guerra chamou de
"ajuste de conduta".
"Não queremos nacionalizar.
Mas o Serra quer ser candidato
de quem em 2010? Se não é para nacionalizar, ele não pode ir
a Salvador", queixou-se Maia,
usando como exemplo o apoio
dos tucanos ao Verde Fernando
Gabeira no Rio.
Após manifestar suas reclamações, ACM Neto defendeu
um "alinhamento" que permitisse a aliança ao menos no segundo turno. "Não passa pelo
comando desses dois partidos,
o PSDB não apoiar o DEM num
segundo turno em Salvador e
vice-versa", afirmou o líder do
DEM no Senado, José Agripino
Maia ( RN).
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