DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

O professor de arte e literatura Thomas Stang, 70, irmão de Dorothy Stang, que está pela primeira vez no país acompanhando o julgamento dos acusados de participar da morte da freira, disse à Folha que ainda chora a morte da irmã, mas quer um julgamento "justo" para o acusado de encomendar o crime, Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida.
"Em Los Angeles eu acabei de ver uma peça [teatral] cujo tema é que uma pessoa é inocente até provado o contrário, e eu quero acreditar nesse conceito. Não sou o juiz, mas tenho a convicção de que ele [Bida] vai receber um julgamento justo", disse Thomas, que chegou anteontem a Belém vindo de Los Angeles, onda mora.
Ele veio com o irmão gêmeo, David, que já acompanhou outros julgamentos. Ao relembrar o 12 de fevereiro de 2005, quando recebeu a notícia da morte, Thomas chorou. Ele disse que sabia que sua irmã recebia ameaças, mas acreditava que, pelo fato de ela ser uma idosa, um crime não se consumasse.
"Ela contou para a família que fazendeiros e outras pessoas ameaçaram matá-la. Quando se vive com tantas ameaças por tantos anos, você não pensa mais nisso [na morte]."


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