São Paulo, terça-feira, 15 de maio de 2007
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Toda Mídia Nelson de Sá A freira e o padre
Na Globo, sai Bento 16, entra Dorothy Stang. É a
"mártir da Teologia da Libertação", como se lia dias
atrás no "New York Times", mas não se ouve na TV.
O julgamento no Pará é realizado e coberto de forma
inesperada. No dizer da Globo, "segundo o Ministério
Público, o fazendeiro encomendou a morte da freira
por R$ 50 mil, forneceu a arma e ainda ajudou os
pistoleiros a fugir". No site da BBC, diz o irmão, David:
"Eu sinto que o Brasil vai fazer Justiça com Dorothy".  E o papa se foi, mas o eco prossegue. O texto "+ lido" ontem na Folha Online era a notícia de que o padre Marcelo Rossi, durante a visita, "foi impedido de se aproximar de Bento 16 por bispos e outros religiosos". NEGÓCIOS CORDIAIS O "Financial Times", com o sobretítulo "Etiqueta", fez ontem um relato demolidor sobre como fazer negócios no Brasil. Contou como uma empresa espanhola fez reuniões para achar um parceiro nacional e, a certa altura, ouviu se não haveria emprego na Espanha para o filho do eventual parceiro. É "exemplo extremo", diz o jornal, "da paixão brasileira pela troca de favores". É que "os brasileiros são cordiais", na expressão de um consultor de acordos entre empresas estrangeiras e brasileiras. Por aqui, é preciso ter "flexibilidade, paciência e compreensão" para os negócios. ÚLTIMO SUSPIRO Desde um acordo entre a Casa Branca e a Câmara para negociações comerciais, dias atrás, acumulam-se editoriais de "NYT", "Washington Post" e outros esperançosos com as conversas da Rodada Doha, nesta semana. O "Times" de Londres pensa diferente e já fala até em "último suspiro". PARA O SUL De outro lado, no "FT", o primeiro-ministro português, que preside a União Européia a partir de julho, avisou que vai voltar o "foco para o Sul", aos emergentes, "começando por uma cúpula com o Brasil". ETANOL NA OMC O blog Energy Roundup, do "WSJ", aposta que "o próximo confronto na Organização Mundial do Comércio" deve se dar em torno do etanol. O Canadá ameaçou questionar os subsídios dos EUA e adiou, mas Argentina e Brasil avisam que podem se juntar a ele. E o Brasil "se prepara para atirar nas normas de certificação de biocombustível" da Europa. SEM CAFEZINHO Biocombustível que, diz o mesmo "WSJ", pode tomar o lugar do "espresso". Pesquisa da UFMG estuda a produção de biodiesel a partir de café.
DE JORNAL O magnata Rupert Murdoch mantém sua corte ao "carta aos acionistas com a promessa de criar um conselho independente, "para garantir integridade editorial", e com a descrição de si mesmo como, "antes e mais do que tudo, um homem de jornal". É que a maior preocupação, segundo análise do "NYT", é com a independência que restaria sob Murdoch. Ele que, diz a análise, tem como "grande plano revitalizar, se não salvar, o negócio original -jornais- sobre o qual ergueu seu império" (na ilustração, Murdoch em papel-jornal). Em tempo, Eric Schmidt, do Google, disse a jornalistas ontem na Califórnia que não quer o "WSJ" ou qualquer jornal, mas tão-somente "conteúdo gerado por usuários". MICROSOFT, NÃO Na capa do "Valor", ontem, "Mesmo a US$ 3, o governo rejeita uso do Windows na educação". Em projetos como Computador para Todos e Um Computador por Aluno, só Linux. Apesar da visita do "3º homem da Microsoft no mundo, na semana passada". 235 PATENTES Em esforço para reagir ao avanço do Linux em países como Japão e empresas como a Wal-Mart, executivos da Microsoft deram entrevista, ontem à "Fortune", para ameaçar com processo contra uma suposta violação de 235 patentes pelo software livre. Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Jornalismo Gráfico: Terminam hoje inscrições para curso na Folha Índice |
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