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Deputados desqualificam depoimento
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
Em nota distribuída ontem à
noite, o deputado Luiz Piauhylino
(PDT-PE) negou ter pressionado
o PT a liberar verba para as campanhas municipais do PTB, partido do qual era filiado em 2004.
Em seu depoimento ao Conselho
de Ética da Câmara, o deputado
Roberto Jefferson disse que
Piauhylino foi um dos que mais
pressionaram o governo para a
distribuição dos recursos.
"Não pretendo polemizar com
Roberto Jefferson, pois é ele quem
está sendo acusado e processado,
é ele quem deve satisfações ao
país", disse. Na nota, o deputado
pernambucano disse também
que deixou o PTB por discordar
das declarações feitas à época pela
direção nacional do partido contra o PTB do Estado.
O deputado José Janene (PP-PR), acusado por Jefferson de receber o "mensalão", disse que ele
foi "evasivo no que tange a trazer
evidências". "Ele foi um franco
atirador. A única coisa que confirmou foi que cometeu um crime."
De acordo com Janene, Jefferson compareceu ao Conselho de
Ética para "produzir provas, e não
as produziu". "Ele agrediu todas
as instituições. Será que todos estão em conluio com o senhor Roberto Jefferson ou será que ele, no
seu desespero, passa a agredir a
todas as instituições para sair do
papel de vilão que é?"
O presidente do PP, Pedro Corrêa (PE), também divulgou nota
dizendo que Jefferson não acrescentou novidade em relação às informações divulgadas pela imprensa nas duas últimas semanas.
"Volto a negar, veementemente,
que tenha tratado com o deputado Roberto Jefferson, em qualquer momento, sobre o suposto
"mensalão" ou de assunto semelhante", disse Corrêa, em nota.
O deputado Pedro Henry classificou o depoimento de Jefferson
como "um desvio de função". "A
comissão foi instalada para apurar uma representação do PL contra o deputado Jefferson, e não
para o deputado acusar a todos."
Henry disse que vai aguardar a
convocação por parte da Corregedoria da Câmara para se pronunciar. "As denúncias apresentadas
contra mim não se sustentam."
Procurado cinco vezes pela Folha, Carlos Rodrigues (PL-RJ)
não foi encontrado no gabinete.
Seus assessores disseram que Rodrigues estava com celulares desligados e que não podiam passar
os números para a reportagem.
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