São Paulo, sábado, 15 de julho de 2000


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Ministro busca registro pessoal sobre ex-juiz

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dia depois de ter sua permanência no cargo ameaçada, o ministro Martus Tavares (Planejamento) destacou funcionários para procurar, em suas anotações em agendas e em disquetes, a palavra "Nicolau".
O ministro disse, por meio de sua assessoria, que tem todos os seus encontros e ligações arquivados. Diz não lembrar de ter se encontrado com o juiz Nicolau dos Santos Neto. Mas avisou que, se houve encontro ou telefonema, foi com o juiz e não com o personagem descoberto pela CPI do Judiciário.
Depois de ficar até as 23h de quinta-feira no ministério, Martus chegou cedo ontem. Para evitar os jornalistas que estavam de plantão em frente ao ministério, entrou pela garagem.
No meio da manhã, foi ao Palácio da Alvorada para discutir, segundo sua assessoria, recursos para a Saúde. Mas a demora no encontro com FHC acabou realimentando as dúvidas sobre sua permanência no governo.
Seus assessores informaram, então, que Martus não colocou seu cargo à disposição em nenhum momento.
No final do dia, mandou divulgar uma nota com quatro frases sobre sua indignação com "as insinuações de que estaria envolvido num esquema de corrupção".
Na nota, Martus diz que nunca teve relação com o juiz foragido, nem facilitou a liberação de verbas para o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo. "Agi rigorosamente de acordo com o que determina a Constituição e a lei", diz.
"Tenho princípios que aplico na minha vida privada e na vida pública. Não abro mão deles. Não vou permitir que irresponsáveis sujem o meu nome."


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