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Ministro busca
registro pessoal
sobre ex-juiz
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dia depois de ter sua
permanência no cargo
ameaçada, o ministro Martus Tavares (Planejamento)
destacou funcionários para
procurar, em suas anotações
em agendas e em disquetes,
a palavra "Nicolau".
O ministro disse, por meio
de sua assessoria, que tem
todos os seus encontros e ligações arquivados. Diz não
lembrar de ter se encontrado
com o juiz Nicolau dos Santos Neto. Mas avisou que, se
houve encontro ou telefonema, foi com o juiz e não com
o personagem descoberto
pela CPI do Judiciário.
Depois de ficar até as 23h
de quinta-feira no ministério, Martus chegou cedo ontem. Para evitar os jornalistas que estavam de plantão
em frente ao ministério, entrou pela garagem.
No meio da manhã, foi ao
Palácio da Alvorada para
discutir, segundo sua assessoria, recursos para a Saúde.
Mas a demora no encontro
com FHC acabou realimentando as dúvidas sobre sua
permanência no governo.
Seus assessores informaram, então, que Martus não
colocou seu cargo à disposição em nenhum momento.
No final do dia, mandou
divulgar uma nota com quatro frases sobre sua indignação com "as insinuações de
que estaria envolvido num
esquema de corrupção".
Na nota, Martus diz que
nunca teve relação com o
juiz foragido, nem facilitou a
liberação de verbas para o
TRT (Tribunal Regional do
Trabalho) de São Paulo.
"Agi rigorosamente de acordo com o que determina a
Constituição e a lei", diz.
"Tenho princípios que
aplico na minha vida privada e na vida pública. Não
abro mão deles. Não vou
permitir que irresponsáveis
sujem o meu nome."
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