JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA

A gasolina venezuelana será um dos motes da campanha eleitoral em Roraima. Os dois principais candidatos ao governo estadual defendem a idéia de importar e revender nos postos locais o combustível do país de Hugo Chávez, que faz fronteira com o Estado.
O governador de Roraima e candidato à reeleição, Ottomar Pinto (PSDB), enviou em maio um ofício a Chávez no qual relatou o interesse de colocar a gasolina venezuelana nos postos do Estado, para a comercialização pela iniciativa privada, com um valor abaixo do preço pago no combustível nacional.
O tucano foi ao país vizinho conversar com Chávez sobre o tema. Segundo o governador, Chávez se comprometeu a fornecer ao Estado 100 milhões de litros de óleo diesel e 100 milhões de litro de gasolina anualmente.
Rival do atual governador na disputa, o senador Romero Jucá (PMDB) afirmou que apóia a iniciativa, mas que "é uma idéia eleitoral".
Com um valor em torno de R$ 3 no Estado, o litro da gasolina pode ser comprado na cidade de Santa Helena de Uiarén, do lado venezuelano, por cerca de R$ 0,60, o que torna filas de carros brasileiros nos postos do município algo comum.
Estimativa do governo de Roraima aponta que, com a importação do combustível, a gasolina venezuelana poderia ser vendida nas bombas ao consumidor local por R$ 1,70. De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo), 172 empresas têm autorização da agência para importar e exportar combustível atualmente no país.


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